Jeff Bezos diz que os apoios presidenciais “criam uma perceção de parcialidade” ao defender o Washington Post

O bilionário e proprietário do Washington Post, Jeff Bezos, defendeu a decisão do jornal de não apoiar um candidato presidencial, uma medida que desencadeou uma intensa reação negativa, com funcionários a pedirem a demissão e cerca de 200 mil pessoas a cancelarem a sua assinatura digital do jornal. Num artigo de opinião para o jornal,…
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Bezos considerou a decisão de não apoiar um candidato como uma “medida de princípio” para restaurar a confiança nos meios de comunicação social e eliminar a perceção de que estes são tendenciosos.
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O bilionário e proprietário do Washington Post, Jeff Bezos, defendeu a decisão do jornal de não apoiar um candidato presidencial, uma medida que desencadeou uma intensa reação negativa, com funcionários a pedirem a demissão e cerca de 200 mil pessoas a cancelarem a sua assinatura digital do jornal.

Num artigo de opinião para o jornal, Bezos escreveu que os apoios presidenciais “não fazem nada para fazer pender a balança de uma eleição” e escreveu que “nenhum eleitor indeciso na Pensilvânia vai dizer: ‘Vou seguir o apoio do Jornal A’”.

O bilionário argumentou então que os apoios presidenciais “criam uma perceção de parcialidade, de falta de independência” e que a decisão de acabar com eles foi uma “decisão por princípio”.

Bezos escreveu que desejava “ter feito a mudança mais cedo, num momento mais distante das eleições e das emoções que as rodeavam”, mas atribuiu a questão a um “planeamento inadequado” e não a “uma estratégia intencional”.

O proprietário do Washington Post afirmou que não houve qualquer contrapartida e que nenhum dos candidatos ou as suas campanhas foram consultados ou informados previamente sobre a decisão.

Bezos citou inquéritos que mostram o declínio da confiança do público nos meios de comunicação social e enquadrou a decisão como um esforço para restaurar a confiança e evitar ser substituído por “podcasts improvisados, publicações imprecisas nas redes sociais e outras fontes de notícias não verificadas”.

(Com Forbes Internacional/Siladitya Ray)

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