“Living in a house which doesn’t reflect who you are is like wearing someone else’s clothes”, a frase é de Christian Dior e eis que a tão famigerada Maison Dior que durante meses se anunciava no número 85 da refinada avenida da Liberdade, tem as portas abertas, com o requinte próprio que o seu fundador exigia.
O espaço eleito data do final do século XIX, foi a morada da família Keil que em 1954 terá vendido o espaço à Companhia de Seguros Ultramarina, que viria a ser a Bonança e depois adquirida pela EastBanc em 2007. Hoje, designado Edificio Alegria One, pós reabilitação com a assinatura do arquiteto Souto de Moura.
Três pisos unidos por uma escultura espetacular de Joana Vasconcelos, suspensa ao longo de toda uma extensão da escadaria com vinte metros de altura e que nos deixa logo embriagados entre a criatividade e o luxo da arte de bem receber.
No primeiro e segundo piso, é apresentada a coleção Dior Cruise 2024, com modelos que celebram a liberdade e a independência de Frida Kahlo. Os irresistíveis looks e acessórios vestem os padrões da estação, como o estampado Butterfly Around the World. Esta montra maravilhosa apresenta igualmente a linha masculina Dior Spring 2024, concebida por Kim Jones e reúne uma seleção de peças repletas de uma dose do cool londrino, ecoando o movimento Buffalo de Ray Petri.
Ao longo do espaço, para além da artista portuguesa que define de imediato o adn do espaço, também encontramos obras deslumbrantes de Valéria Nascimento, Bruno Ollé e Pedro Calapez. E algures pelos pisos, há um recanto, um jardim escondido, onde entre um chá ou um champagne, podemos decidir entre uns sneakers ou umas sandálias j’Adior de Maria Grazia Chiuri, a primeira mulher a assumir a direcção criativa da griffe.
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