A cantora norte-americana, Beyoncé Knowles-Carter, lançou a Ivy Park pela primeira vez em 2016, numa colaboração feita com a loja britânica Topshop. Dois anos depois, em 2018, Beyoncé adquiriu a totalidade da marca e, em 2019, juntou-se à Adidas, numa tentativa de internacionalizar a linha de roupa desportiva.
A marca alemã esperava alcançar, na sua parceria com a cantora, o mesmo sucesso que a marca Yeezy do cantor norte-americano Kanye West (agora conhecido por apenas Ye), obteve também em colaboração com a Adidas. Contudo, de acordo com executivos da marca, a Adidas e a cantora discordaram em como comercializar a linha de roupa desportiva. Beyoncé é raramente vista a usar os seus próprios modelos, o que a distingue de Kanye West, que constantemente publicita a sua colaboração com a Adidas. Em termos de marketing, a jogada de Kanye West foi bem-recebida pela marca e pelos consumidores.
Este desacordo agravou o facto de as vendas da Ivy Park não atingirem as projeções de vendas internas para o ano de 2022. A marca de Beyoncé, que no ano passado esperava chegar aos $250 milhões em lucros, faturou apenas $40 milhões – cerca de €37 milhões. A marca ainda não se pronunciou sobre a grande disparidade entre os números antecipados e aqueles obtidos.
Para além desta divergência ocorreu uma queda. Em 2021, Ivy Park tinha faturado $93 milhões em vendas. Ademais, segundo as projeções feitas pelas marcas para o ano 2023, a linha Ivy Park conseguirá €63 milhões em vendas, o que também fica bem abaixo da projeção anteriormente feita pela Adidas, que contava chegar aos €335 milhões ainda este ano.
Note-se que o contrato entre a Ivy Park e a Adidas em princípio termina no fim deste ano (2023), apesar de estar em cima da mesa a hipótese de o mesmo vir a ser prorrogado.
A nova coleção da Ivy Park, Park Trail, foi lançadadia 9 de Fevereiro 2023. Resta saber, naturalmente, se o acordo celebrado entre a Adidas e a Ivy Park será repensado.
Beyoncé bate recorde nos Grammys
Na semana passada, Beyoncé fez história ao tornar-se a artista mais premiada de sempre pelos Grammys. A cantora conta agora com 32 Grammy Awards, batendo assim o recorde que antes pertencera a George Solti, um Maestro húngaro-britânico que faleceu em 1997, vencedor de 31 Prémios Grammy. Quincy Jones, já com 89 anos, ocupa um terceiro lugar na tabela dos mais premiados pela Grammy, com 28 awards. Torna-se, por isso, provável, que Beyoncé mantenha a sua liderança nos próximos anos.
Apesar de não ter ganho na categoria de ‘Álbum do Ano’ com o seu trabalho Renaissance, Beyoncé ganhou nas categorias de Best Dance/Electronic Recording, Best Dance/Electronic Music Album, Best Traditional R&B Perfomance e, por último, na de Best R&B Song. O melhor álbum do ano, intitulado “Harry’s House”, para o qual também tinha sido nomeada, foi, no entanto, entregue a Harry Styles.
É de realçar que, durante a sua carreira, Beyoncé conseguiu o total de 88 nomeações para os Grammys, empatando em número com seu marido, o rapper e produtor Jay-Z, o que também constitui um recorde.
Renaissance World Tour anunciada a 1 de Fevereiro pela cantora
Beyoncé anunciou, através da sua conta de Instagram, que voltará aos palcos ainda este ano, com a Renaissance World Tour. A última vez que a cantora esteve em tour foi em 2018, com o seu marido Jay-Z.
Muito aguardada pelos seus fãs, a Renaissance World Tour vai começar na Europa, mais precisamente na Suécia, já tendo, também, datas confirmadas nos Estados Unidos.
Com este sucesso, não é de excluir que a Adidas queira renegociar a sua ligação à cantora.