O período de entrega do IRS já começou e, embora só termine no dia 30 de junho, muitas são as famílias que já estão a recorrer a simulações para saber se vão receber reembolso ou se terão de pagar.
“Em ambos os casos, o domínio da literacia financeira é essencial para maximizar ou para gerir os rendimentos, de forma a dar resposta à situação específica”, refere a Paynest, plataforma de bem-estar financeiro que permite o pagamento flexível de salários e promove a literacia financeira dos colaboradores, que aponta algumas dicas a ter em conta neste período.
Se tiver de pagar IRS

No caso de ser necessário pagar IRS e tiver sido apanhado de surpresa, há certos pontos que devem ser tidos em conta para inverter a tendência no futuro e conseguir ter uma poupança que lhe permita ter um desafogo para poder satisfazer um cenário destes.
Reduzir gastos supérfluos é crucial. É importante refletir sobre os gastos diários, como subscrições em plataformas que não são utilizadas ou hábitos de consumo impulsivos. Ao fazer essa análise, é possível tomar decisões mais conscientes e evitar despesas desnecessárias.
Priorizar a gestão financeira. Assim como a saúde física e mental, a gestão financeira deve estar no topo das prioridades pessoais. É essencial estar preparado para despesas imprevistas, gerindo adequadamente os rendimentos. Para isso, é importante investir na melhoria da literacia financeira através de leitura, podcasts, mentorias ou cursos dedicados.
Mudar a mentalidade financeira. O período de entrega do IRS pode ser uma oportunidade para adotar novos hábitos que promovam a estabilidade financeira. Existem duas opções possíveis: economizar mais ou aumentar a receita. Se já foram feitos esforços nessas duas áreas e ainda é necessário mais rendimento, é aconselhável procurar a ajuda de um coach financeiro que possa oferecer conselhos personalizados de acordo com as circunstâncias individuais.

Independentemente de receber ou pagar, o IRS deve ser um momento de planeamento financeiro em que é feita uma avaliação cuidadosa das despesas e receitas do ano anterior, de forma a projetar o ano fiscal seguinte e garantir uma vida financeira mais saudável.
Se tiver a receber IRS

No caso de se receber reembolso de IRS, importa aplicá-lo a pensar no futuro, reforça a Paynest que indica as seguintes hipóteses:
Liquidar dívidas. Antes de se criarem planos para o dinheiro extra que irá entrar na conta, é importante liquidar primeiramente dívidas que possam existir, como empréstimos de curto prazo ou plafonds de cartões de crédito.
Planear gastos futuros. Para manter o bem-estar financeiro, é essencial exercer práticas de planeamento e gestão das finanças pessoais. Uma prática importante é a projeção dos custos que tem ao longo do ano, como seguro do carro, despesas de condomínio, obras, entre outros, e colocar dinheiro de parte para os cobrir.
Criar ou reforçar o fundo de emergência. Ter e reforçar regularmente um “pé-de-meia” não só permite garantir uma resposta financeira a imprevistos que possam ocorrer, como também aliviar o stress associado à instabilidade e incerteza económica.
Realizar despesas que têm sido evitadas. Existem certos gastos que são necessários, mas não prioritários, acabando por ser evitados. Seja para a manutenção da casa ou do carro, investir em formação ou fazer exames médicos, o reembolso do IRS pode ser o incentivo que faltava.
Investir em ativos financeiros. Uma forma popular de maximizar esta receita inesperada é recorrer a investimentos. Existem no mercado diversas oportunidades para os diversos perfis de investidores, havendo alguns de baixo risco para aqueles menos familiarizados com o setor e mais conservadores, como os Certificados de Tesouro e Certificados de Aforro, os tradicionais PPR ou ETFs no mercado de ações.