Ao Pessegueiro Colheita Branco 2023, juntam-se, agora, o Pessegueiro Vinha da Afurada Branco 2023, Pessegueiro Reserva Branco 2023 e o Quinta do Pessegueiro Branco 2023. A gama dos brancos 2023 da quinta do francês Roger Zannier, localizada em Ervedosa do Douro, São João da Pesqueira, fica completa com estas quatro colheitas, que “comprovam a nossa convicção do grande potencial do Douro para fazer vinhos brancos”, diz Célia Varela, diretora geral.
Com esta aposta na produção de uvas brancas, a Quinta do Pessegueiro passa a ter 10% da área da vinha com castas dedicadas a vinhos brancos, com uma densidade de cerca de 5000 videiras por hectares. Às uvas próprias juntam-se, ainda, uma percentagem de uvas adquiridas a viticultores no Douro Superior, que “ajudam a manter o perfil e a qualidade nos vinhos produzidos”, refere Célia Varela.
As referências já estão disponíveis no mercado, algumas com um número de unidades bastante limitado, e um PVP que varia entre os 12 e os 24 euros.
Tudo começou em 2012
O vinho Aluzé abriu o caminho da vinificação dos brancos, em 2012. O trabalho desenvolvido na vinha permitiu “obter resultados promissores” que culminaram no lançamento de outras referências – o Quinta do Pessegueiro Branco, em 2019, e um ano depois, o Pessegueiro Reserva Branco. Na vindima de 2022, o “número de garrafas produzido duplicou”, mostrando, assim, a enorme potencialidade do Douro na produção de vinhos brancos.
O Pessegueiro Colheita Branco 2023 foi lançado no mercado há alguns meses, sendo um blend das castas Rabigato, Viosinho e Gouveio, que, segundo os especialistas, lhe conferem mineralidade, sabor, frescura e complexidade. Ao mercado chegaram mais de 14 mil garrafas desde vinho, fresco, leve, autêntico e com um grande equilíbrio, de acordo com os entendidos.
Segundo o produtor, as quatro referências agora lançadas são leves e frescas, oriundas das principais castas da região, que, de forma geral, podem ser consumidas no imediato, dada a sua subtileza e riqueza aromática, mas que apresentam, também, algum potencial de guarda.
Mercado nacional e exportação
Os vinhos de edições limitadas, Pessegueiro Vinha da Afurada 2023 e Quinta do Pessegueiro Branco 2023, destinam-se, exclusivamente, ao mercado nacional, enquanto os restantes serão, também, alvo de exportação para os mercados de França, Bélgica, Alemanha, Suíça, China, Macau, Hong Kong, Vietname e Camboja.
De acordo com a diretora geral do Pessegueiro, “o mercado asiático está a crescer e tem apresentado um grande potencial de compra”. “Os consumidores estão cada vez mais instruídos e as próprias tendências de estilo de vida têm impulsionado muito o consumo de vinhos. O fator qualidade passou a ter um maior peso na seleção de vinhos”, diz.
A nova gama de brancos
O Pessegueiro Vinha da Afurada 2023, um vinho produzido com uvas oriundas da parcela circundante à Adega, a Vinha da Afurada, em Ervedosa do Douro, Cima Corgo, com uma altitude entre os 550 e 580 metros, chega ao mercado quatro anos depois desde a última colheita. Segundo adiantam os enólogos João Nicolau de Almeida e Hugo Helena, trata-se de “um vinho com mais acidez”, devido à “altitude das vinhas”. “A maturação do Rabigato nesta altitude é um desafio, por isso é muito interessante a conjugação da frescura do Rabigato com a maturação do Viosinho”, explicam.
“As uvas foram parcialmente esmagadas e prensadas em prensa vertical. O mosto, por sua vez, foi conduzido para uma cuba de inox, onde foi realizada a fermentação alcoólica com leveduras indígenas. O estágio foi de seis meses, em cuba de inox sobre borras finas”, referem ainda. Ao mercado chegam apenas 2637 garrafas deste vinho, que podem ser adquiridas pelo PVP de 18€.
As novas colheitas devem ser consumidas, idealmente, entre 10 e os 12 graus, indicam os enólogos.
Em cada Pessegueiro Reserva Branco 2023, que da casta Rabigato ostenta a “frescura e precisão” e da Folgasão “imprime a untuosidade”, estão engarrafados quatro anos de história, que representam as vinhas localizadas em diferentes altitudes, entre 150 a 350 metros. “A fermentação natural, com leveduras indígenas, ocorreu na totalidade do lote em pipos usados de 600 litros”, referem os enólogos, destacando ainda o período de estágio do vinho, 6 meses, em madeira sobre borras finas. Há mais de 13 mil unidades disponíveis deste néctar, também pelo PVP de 18 euros.
Já o Quinta do Pessegueiro Branco 2023, oriundo das castas Rabigato e Folgasão, distingue-se pela sua “maceração pelicular e um período de estágio mais alargado”. Depois de 2019 e 2022, esta é a terceira vez que é produzido, resultando de uma parcela com altitude de 350 metros. Trata-se de um vinho “com boa complexidade e mineralidade”, que mantém uma “boa acidez e um teor alcoólico baixo”, salientam João Nicolau de Almeida e Hugo Helena, destacando, desta forma, a influência da maturação versus acidez na produção do vinho.
Neste vinho, a Quinta do Pessegueiro optou por uma fermentação alcoólica em pipos de 600 litros e estágio de oito meses sobre as borras finas. Cada garrafa tem o PVP de 24 euros e há apenas 2428 garrafas disponíveis no mercado.