Investimento Responsável consiste na integração de critérios ambientais, sociais e de governação (ESG – Environmental, Social and Corporate Governance) nas tomadas de decisão em relação a investimentos.
Estes critérios abrangem fatores que refletem a consciencialização do investidor em torno de temas como a resposta das empresas às alterações climáticas, o modo como as companhias lidam com os seus vários intervenientes, desde colaboradores a clientes, e as suas políticas de responsabilidade social corporativa.
Nos últimos anos, a consideração destes fatores em investimentos tem-se tornado gradualmente uma prática comum, e as alterações regulamentares, sobretudo por parte da União Europeia, têm levado os gestores e distribuidores de fundos a focar-se mais no Investimento Responsável.
Investimento Responsável consiste na integração de critérios ESG – Environmental, Social and Corporate Governance nas tomadas de decisão em relação a investimentos.
Contudo, selecionar um fundo que seja verdadeiramente “responsável” não é tarefa fácil e, neste sentido, a Nordea Asset Management deixa cinco questões-chave a considerar na procura de uma solução que combine o rendimento financeiro com um futuro sustentável:
1. Definir a motivação e valores a priorizar no investimento
Os valores de cada investidor variam a um nível individual. Antes de qualquer investimento, deve haver uma reflexão sobre quais valores são fundamentais para cada um – esta definição pode revelar-se bastante útil quando se procura potenciais oportunidades.
2. Escolher um gestor de fundos com experiência comprovada
É fundamental que o gestor de ativos tenha políticas e práticas de ESG bem estabelecidas na sua abordagem de Investimento Responsável. “Esta experiência não se desenvolve do dia para a noite, e faz a diferença entre um gestor que consegue perceber as nuances, de outro que só vê a ‘preto e branco’. O Investimento Responsável deve fazer verdadeiramente parte do ADN do gestor, e não ser só um slogan para marketing”, sublinha a Nordea.
3. Certificar que o produto ou empresa em que se investe são credíveis e transparentes
Uma boa forma de assegurar que o potencial investimento cumpre um leque de critérios de sustentabilidade passa por procurar relatórios anuais e de ESG detalhados, que abranjam as atividades de envolvimento e métricas-chave, sugere a Nordea Asset Management. A acrescentar, deve-se investigar a sua avaliação por organismos independentes e, por fim, um último indicador está na ponta dos nossos dedos diariamente: procurar notícias sobre a empresa.
4. Conciliar a estratégia de ESG com retornos no investimento
“Ser fortemente guiado por valores poderá implicar a exclusão de certos setores ou empresas do seu portfólio, o que poderá impactar no desempenho dos investimentos”, adverte a Nordea. Uma forma de conciliar estes valores de Investimento Responsável com retornos financeiros é considerar produtos que abracem uma verdadeira integração de ESG: “bem desenvolvida, assegurará que os investimentos cumprirão normas rigorosas e que, quando combinadas com propriedade ativa, se tornam numa proposta poderosa para uma mudança positiva”, referem estes especialistas.
5. Procurar propriedade ativa: investimentos que lideram a mudança
Criar impacto, ou mudança, é uma das características-chave dos critérios ESG. O investidor deve procurar um gestor de investimentos que priorize a propriedade ativa, ou seja, o estabelecimento de diálogo, envolvimento e voto nos produtos ou empresas em que se investe. Este é geralmente considerado um mecanismo muito eficaz para reduzir os riscos e aumentar os retornos a longo prazo, pelo que vale a pena escolher um parceiro ESG que vá além de uma monitorização do universo de investimentos – e que se empenhe ativamente na mudança, diz a Nordea, empresa que abriu recentemente o seu terceiro hub internacional em Portugal, com vista ao recrutamento de talento nacional e a apoiar as suas operações no sul da Europa e América Latina.