O Banco de Portugal divulgou os dados do investimento direto (IDE) estrangeiro referentes ao primeiro trimestre onde se conclui que “as transações de IDE totalizaram mil milhões de euros, dos quais 0,6 mil milhões estavam associados a investimento imobiliário”. De acordo com o banco central, o stock de IDE diminuiu 1,1 mil milhões de euros em relação ao final de 2023, apesar de as transações terem sido positivas.
Mas apesar deste desempenho do imobiliário, os setores de atividade económica das “Outras atividades” e “Indústrias, eletricidade, gás e água” mantiveram-se como os que mais investimento direto atraíam, representando, respetivamente, 39% e 14% do stock de IDE em Portugal, até ao final de março.
A instituição liderada por Mário Centeno realça que “além das transações, a variação de um stock é influenciada pelas variações de preço, de câmbios e por outros ajustamentos estatísticos”, sendo que “a soma destes fluxos foi negativa no primeiro trimestre de 2024 e superou as transações positivas”.
Nesta análise conclui-se ainda que foram os países europeus que mais investiram, até março, em Portugal, somando 544,03 milhões de euros, seguindo-se os da Ásia (211,81 milhões de euros), América (159,53 milhões de euros) e África (108,83 milhões de euros).
As transações de investimento direto de Portugal no exterior totalizaram 1,8 mil milhões de euros, dos quais 1,6 mil milhões foram canalizados para países europeus.
No primeiro trimestre de 2024, o stock de IDE era de 179,3 mil milhões de euros, e o de IPE era de 65,4 mil milhões de euros. Estes montantes representavam, respetivamente, 67% e 24% do PIB português.