A WAAU – World African Artists United, plataforma digital, promovida por uma equipa de profissionais criativos de diferentes origens, com o objetivo de criar sinergias entre artistas africanos e afrodescendentes e uma rede privilegiada de parceiros, organiza, em parceria com a ARCOlisboa, no dia 27 de maio, às 18h45, a última “Art Talk” da edição deste ano.
Esta palestra abordará a internacionalização da arte contemporânea africana, tendo em conta o impacto da globalização, das diásporas e de outras circulações no continente africano e fora dele, “bem como a representatividade de artistas, curadores e instituições africanas e afrodiaspóricas nos circuitos internacionais da arte contemporânea”.
“Como descolonizar verdadeiramente as narrativas e as estruturas? Como reparar desequilíbrios e fraturas históricas e sistémicas?”, são os temas deste encontro, com a participação de Alicia Knock, Liz Gomis, Paula Nascimento e Serubiri Moses, e moderação de Ana Balona de Oliveira.
Para Neuza Faria, coordenadora da plataforma WAAU, “estar associado à ARCOlisboa significa a materialização de um percurso que a WAAU tem feito do ano da sua existência, desde a sua apresentação na edição do ano passado. É também uma excelente oportunidade de apoiar e promover os artistas africanos e afrodescendentes para um maior reconhecimento e internacionalização”.
Elson Angélico, mecenas e fundador da WAAU, reafirma a sua profunda ligação à arte, sobretudo à arte contemporânea e diz que “estas iniciativas muito contribuem para reaproximar povos, culturas e diferentes dinâmicas. A cultura é o melhor legado que podemos deixar na sociedade e a WAAU é também uma forma de divulgar e acelerar o processo de reconhecimento de novos artistas e novos valores, sobretudo artistas africanos e afrodescendentes”.
A sexta edição da ARCOLisboa tem lugar entre os dias 25 e 28 de maio na Cordoaria Nacional e contará com a participação de 70 galerias provenientes de 14 países. A ARCOlisboa irá também promover as suas duas principais secções com curadoria: África em Foco, com curadoria de Paula Nascimento e que contará com a participação de galerias do continente africano, e, por outro lado, a Opening Lisboa, com curadoria de Chus Martínez e Luiza Teixeira de Freitas, uma seção que irá investigar as novas linguagens e espaços artísticos, com o objetivo de atrair novos conteúdos e investigações para o certame.
Como já é habitual, a ARCOlisboa dá visibilidade às galerias mais jovens que, pelo seu recente trajeto ou pelas novidades que trazem ao contexto português, apresentam propostas interessantes permitindo descobrir novos criadores.