Os pagamentos fracionados passaram a fazer parte dos hábitos de consumo, quer dos consumidores quer dos comerciantes, e este é um mercado em expansão que deverá atingir os 250 mil milhões de dólares a nível mundial até 2025.
Um estudo pan-europeu sobre os hábitos de consumo relativos aos pagamentos fracionados promovido pela Younited, empresa especializada em crédito instantâneo, refere que mais de um terço dos portugueses já recorreu a esta modalidade de pagamento numa loja física com o objetivo de comprar eletrodomésticos.
O inquérito, conduzido pela empresa de investigação independente MixFactory em Portugal, Espanha, Itália, Alemanha e França, conclui a emergência de duas grandes tendências: o crescente interesse dos consumidores por pagamentos fracionados durante um maior número de prestações mensais e a necessidade de conciliar a instantaneidade com a proteção do consumidor.
No caso de Portugal, o estudo da Younited indica que 88% dos consumidores portugueses inquiridos considera que, atualmente, os pagamentos fracionados estão amplamente disponíveis no retalho, sendo que 38% já fez um pagamento fracionado e 34% pondera recorrer a esta modalidade de pagamento. Apenas 28% afirma que não o irá fazer.
Entre os portugueses que já recorreram aos pagamentos fracionados, 59% fê-lo numa loja física, tornando Portugal no país com mais utilizadores desta modalidade de pagamento em espaços físicos, enquanto 35% foi numa compra feita pela internet.
Dos inquiridos, conclui-se também que 94% ou já conhecia a empresa com quem contratualizou o pagamento fracionado ou a loja que o oferecia, sendo que destes 53% conheciam a entidade que disponibiliza a modalidade de pagamento fracionado e 27% sentia-se confiante em relação ao site/loja onde efetuou a compra. 57% dos inquiridos afirma que não teve de pagar uma taxa inicial (ao contrário dos restantes 43%).
Em que é utilizado?
De acordo com o estudo, os consumidores portugueses recorreram aos pagamentos fracionados para comprarem eletrodomésticos, equipamentos tecnológicos (como computador e televisão), smartphones, serviços (como viagens) e mobília. No que diz respeito a montantes, entre 300 e 499 euros foi o segmento mais procurado assim como 2 a 4 prestações foram as parcelas mais requisitadas (45%).
O facto de ser um processo contratual gratuito foi o principal motivo (45%) enumerado pelos portugueses que os levou a fazer um pagamento fracionado, sendo que 33% dos inquiridos revela ter demorado menos de 1 minuto e em que foi apenas pedido o cartão do cidadão.
“Mais do que em qualquer outro dos países envolvidos na análise, 38% dos portugueses afirma que se não fosse o pagamento fracionado, teria tido dificuldade em suportar o seu orçamento mensal. O pagamento planeado, uma conta cliente, uma app, o estar em contacto com a empresa e a possibilidade de poder fazer reembolsos antecipados foram as experiências mais valorizadas no momento pós-subscrição de um pagamento fracionado”, aponta a Younited.
A nível europeu, segundo o estudo da Younited, mais de 70% dos europeus estão familiarizados com os pagamentos fracionados, sendo que 1 em cada 3 consumidores utiliza-os (41% em Espanha, 26% em Itália, e 34% em França e Alemanha).
As três principais razões enumeradas pelos consumidores europeus para escolher esta modalidade de pagamento foram: distribuir as despesas ao longo do tempo, equilibrar o orçamento e fazer face às despesas.