O número de empresas que entraram em insolvência cresceu desde o início do ano. De acordo com as contas do Barómetro Informa D&B, as insolvências registam um crescimento de 11%, com 1 410 empresas a iniciaram um processo de insolvência (mais 135 empresas).
A Informa D&B realça que, ainda que as insolvências tenham crescido em mais de metade dos setores de atividade, “a subida deste indicador está bastante concentrada nas Indústrias, que registam um crescimento de 50% (mais 136 empresas com processos de insolvência) e sobretudo nas Indústrias de Têxtil e Moda, cujo número de empresas com processos de insolvência quase duplicou face ao acumulado dos oito primeiros meses do ano passado (mais 83%; mais 110 empresas com processos de insolvência)”.
O mesmo relatório conclui ainda que entre o início do ano e 31 de agosto foram criadas 34.811 novas empresas em Portugal, o que traduz um decréscimo de 2,5% (com menos 905 constituições de empresas) face ao mesmo período de 2023.
Em metade dos setores, a criação de empresas é superior ao registado no ano passado, com destaque para a Construção, Tecnologias da Informação e Comunicação e Retalho.
A Construção tem um crescimento de 7,9% face ao período homólogo, uma subida que a Informa D&B refere que é transversal a quase todas as suas atividades, sobretudo a construção de edifícios (residenciais e não residenciais), que concentra 2 663 novas empresas, mais 223 face ao mesmo período do ano anterior.
As novas empresas de Tecnologias da Informação e Comunicação registam um crescimento de 5,1% (mais 108 constituições de empresas), para o qual, contribuíram, sobretudo, as novas empresas de atividades de programação informática (+13%, mais 80 constituições de empresas).
No Retalho, o crescimento foi de 2,7% (mais 85 constituições de empresas), sobretudo devido a um aumento de quase 30% das novas empresas de comércio a retalho por correspondência ou via Internet.
O Barómetro salienta que, entre os setores em queda na criação de empresas, destaca-se os transportes, com uma descida de 25%, sendo o principal responsável pela descida geral deste indicador e que confirma uma tendência que se verifica desde o início do ano.
O alojamento e restauração desceu 5% face ao período homólogo, uma descida transversal a quase todos os seus subsetores e que é acentuada no subsetor do alojamento de curta duração, que recua 21% (menos 139 constituições de empresas).
O setor grossista caiu 10% na criação de empresas, devido sobretudo ao subsetor alimentar (menos24%; menos 115 constituições de empresas).