Os números relativos às insolvências de empresas nacionais subiram para um nível elevado nos primeiros dois meses do ano. Segundo a Iberinform, nos dois primeiros meses de 2024, a falência de empresas cresceu 50% face ao período homólogo do ano passado. Paralelamente a isto, a constituição de novas empresas decresceu quase 5% no mesmo período.
Assim, até ao final de fevereiro de 2024 foram registadas 822 insolvências, mais 272 do que nos primeiros dois meses do ano passado. Só o mês de fevereiro foram registadas 380, valor que expressa um crescimento de 43% face a fevereiro do ano anterior.
Quando este número é repartido pelo tipo de ações requeridas, verifica-se que os crescimentos maiores foram registados nas insolvências requeridas pelas próprias empresas, que incrementaram 138% e as requeridas por terceiros, que cresceu 93%. Também os encerramentos com planos de insolvência aumentaram 200% nestes dois meses, mas partiram de uma base mais baixa: uma evolução de três ações para nove ações. Também foi declarada a insolvência com encerramento de processos a um total de 443 empresas, o que corresponde a mais 67 face ao mesmo período de 2023, um crescimento percentual de 18%.
Lisboa e Porto com mais falências
Analisando por distritos, os números da Iberinform mostram que os distritos de Lisboa e do Porto apresentam os valores absolutos mais elevados, com 190, no caso de Lisboa e 227 insolvências no caso do Porto. Também Bragança e Castelo Branco cresceram, com percentagens bastantes elevadas, a atingir os 400%, seguidas de Ponta Delgada, com 150% de incremento no número de insolvências, e de Beja e Vila Real, ambas com 100%. Com decréscimos das insolvências, estes apenas foram registados nos distritos de Portalegre, com uma percentagem de 100%, Évora, com 56%, Viana do Castelo, com menos 39% e Leiria, com 13%. Por setores, registaram-se as maiores subidas nas áreas da Eletricidade, Gás, Água, e da Telecomunicações, ambas com crescimento de 100%, e na Indústria Transformadora, com 84%, a Hotelaria e Restauração, com 65% de falências. Agricultura, Caça e Pesca, e a Indústria Extrativa são os únicos setores de atividade que apresentam uma variação negativa nas insolvências até final de fevereiro deste ano.
Paralelamente as novas constituições baixaram 4,7% no mesmo período decrescendo de 10.137 para 6.661, ou seja, forma constituídas menos 476 empresas nos primeiros dois meses de 2024. Por distritos, Lisboa lidera o ranking das novas constituições, acumulando um total de 2.928 novas empresas, menos de 13% do que em igual período de 2023. O Porto registou 1.709 novas empresas, com um incremento de 3,9%.