No novo episódio das Innova Talks, o projeto conjunto entre o grupo Media N9ve e a Nova SBE, Nilza Rodrigues, diretora da Forbes Portugal, dirige uma conversa sobre liderança com Miguel Pina e Cunha (Professor Catedrático de Gestão e Organizações da Nova SBE), Lourenço Cumbre (Diretor da Michael Page Banking, Insurance, Finance, Human Resources & Michael Page Consulting), Catarina Horta (Diretora de Capital Humano do Novo Banco) e Etienne Huret (CEO da Natixis Portugal).
O ponto de partida foi a mudança que a pandemia introduziu no mundo do trabalho. Para Miguel Pina e Cunha, a pandemia veio obrigar a derrubar algum receio e desconfiança em relação a instrumentos que já existiam, nomeadamente o trabalho remoto, acelerando um processo que de outra forma poderia ter demorado anos.
Para Catarina Horta, “mesmo as más situações trazem coisas boas” e se, por um lado, reforça que a pandemia foi uma circunstância má, por outro lado, admite que “todas as organizações andavam a pagar a consultoras para fazer aquilo que, na pandemia, conseguimos fazer, que era utilizar ferramentas colaborativas e à distância, para de repente comunicarmos e podermos estar em teletrabalho”. Catarina Hora entende que a “necessidade promove a inovação”.
“O desafio é manter a humanidade das pessoas e organizações num tempo em que todos estamos fascinados com a tecnologia”
Como é que a liderança consegue manter o espírito de grupo num tempo em que o trabalho remoto é uma realidade cada vez mais presente foi outro dos temas abordados nesta talk. Para Etienne Huret é importante que haja disciplina, dando o exemplo da Natixis onde cada equipa, liderada pelo manager, tem flexibilidade, mas há obrigatoriamente um dia por semana em que todos estão presentes no escritório. Também para Lourenço Cumbre é essencial que as pessoas se encontrem para “cruzar ideias e experiências”, mas reconhece que tem sido um desafio que tem levado a Michael Page a promover dinâmicas de equipa e sempre com abertura para as melhores práticas para incutir aos seus colaboradores. Para Miguel Pina e Cunha, se a flexibilidade é uma necessidade, também é preciso sublinhar que a flexibilidade numa organização não pode ser excessiva: “O rigor na gestão e a gestão do risco são fundamentais”.
Já saiu mais um episódio do InNova Talks, o programa em que académicos, gestores e empresários debatem os grandes temas da economia e da sociedade.
Desafiada por Nilza Rodrigues a descrever um líder, Catarina Horta citou Napoleão Bonaparte. Segundo a Diretora de Capital Humano do Novo Banco, o imperador francês dizia que a sua mãe tinha educado os filhos com punho de aço e luvas de veludo. Para Catarina Horta, tendo o Novo Banco uma estratégia muito orientada para resultados, o tal “punho de aço” é o que lhe tem permitido crescer. Contudo, esta responsável refere que o banco está a criar uma “nova cultura” e uma nova liderança focada nas pessoas, garantindo que nesse capítulo a “nova geração não dá tréguas”.
Para Etienne Huret, a característica mais importante de um líder é “a sua capacidade de aprender e de continuar a aprender”. Num mundo em mudança, dá como o exemplo a sua experiência, que começou nos anos noventa, num tempo pré-internet, e que agora tem que se adaptar ao mundo digital: “É uma obrigação nossa acompanhar a mudança e ter uma cabeça bastante aberta para ser capaz de assimilar essas coisas novas”.
Para Lourenço Cumbre, a capacidade de gerir conflitos e de liderar pessoas é essencial para os dias de hoje, sobretudo considerando a distância que a digitalização impõe: “Um líder que não sabe gerir equipas, dificilmente vai conseguir fazer crescer o seu negócio”.
Assista já ao novo episódio do InNova Talks aqui, assim como aos episódios anteriores, numa parceria entre a Media N9ve e a Nova SBE.