A Fórmula 1 já está a virar atenções para a nova temporada, deixando para trás a que terminou há cerca de três meses e viu Max Verstappen e a Red Bull chegarem ao topo. O “circo” já foi montado no Bahrain, onde esta quinta-feira começam os testes da pré-temporada, e a categoria-rainha já se prepara para o primeiro Grande Prémio do ano, no início de março.
Mas enquanto a época não começa, olhamos para 2022 com a lista dos mais bem pagos da Fórmula 1. A grande mudança do ranking acontece logo na primeira posição. Verstappen é o piloto mais bem pago do ano, com um total de 58,1 milhões de euros em salário e bónus, antes de impostos. Sendo assim, Lewis Hamilton cai para o segundo lugar, com 53,3 milhões de euros. O britânico era o líder desta lista desde 2013.
O “circo” já foi montado no Bahrain, onde esta quinta-feira começam os primeiros testes da temporada, e a categoria-rainha já se prepara para o primeiro Grande Prémio do ano, no primeiro fim de semana de março.
No total, os 10 pilotos do ranking ganharam 264 milhões de dólares (cerca de 255 milhões de euros), um aumento de 25% em relação às projeções da Forbes para 2021. É que mesmo com a introdução de um teto orçamental para as equipas e desenvolvimento dos carros, o salário dos pilotos continua a não entrar nessas contas.
Como nesta categoria a velocidade é palavra de ordem, muitos dos dados apresentados em baixo já sofreram alterações. Em 2023, Sebastian Vettel não estará entre os 20 pilotos, visto que anunciou a sua reforma, Fernando Alonso já não corre pela Alpine, mas sim pela Aston Martin, e Daniel Ricciardo deixa de ser um dos pilotos principais da McLaren e passa a reserva na Red Bull.
LISTA
1. Max Verstappen, 25
Equipa: Red Bull
Salário: 38,7 milhões de euros
Bónus: 19,4 milhões de euros
Max Verstappen não tem o maior salário entre os pilotos da grelha, mas as vitórias falaram mais alto no ano do neerlandês. No total, venceu 15 corridas, que não só o levaram a vencer o título mundial de pilotos pela segunda vez consecutiva, como ajudaram a Red Bull a vencer o título de construtores. O piloto venceu o campeonato no Grande Prémio do Japão, a quatro corridas do fim, e estabeleceu um novo recorde de vitórias, ultrapassando Sebastian Vettel (2013) e Michael Schumacher (2004).
2. Lewis Hamilton, 38
Equipa: Mercedes
Salário: 53,3 milhões de euros
Bónus: 0 euros
O sete vezes campeão mundial teve um ano bastante atípico comparado com aquilo a que habitou os adeptos. O carro da Mercedes, equipa oito vezes campeã mundial, surpreendeu pela negativa e os bons resultados foram difíceis de conquistar. Pela primeira vez, em 16 anos de carreira, Hamilton terminou o ano sem uma vitória. O britânico tem contrato com a equipa até ao final de 2023, mas as partes já mostraram interesse na renovação.
3. Fernando Alonso, 41
Equipa: Alpine
Salário: 29,1 milhões de euros
Bónus: 0 euros
2022 marcou a segunda temporada de Fernando Alonso ao serviço da Alpine, mas também a última. Antes de se mudar para a Aston Martin, onde vai substituir Sebastian Vettel, o piloto terminou no 9.º lugar da classificação de pilotos. O espanhol não teve uma experiência de sonho na equipa francesa, sendo que na última época ficou claro que a relação com o colega de equipa Esteban Ocon estava longe de ser perfeita.
4. Sergio Pérez, 33
Equipa: Red Bull
Salário: 9,7 milhões de euros
Bónus: 15,5 milhões de euros
Checo, como é conhecido na Fórmula 1, esteve muito perto de assinar o final perfeito para a época da Red Bull. Chegou ao Grande Prémio de Abu Dhabi, a última corrida, com os mesmos pontos que Charles Leclerc, da Ferrari. Na disputa pelo segundo lugar, o piloto da equipa italiana acabou por levar a melhor e Pérez terminou no último lugar do pódio. O momento em que Verstappen recusou seguir as ordens da equipa e deixar passar o mexicano acabou por ganhar ainda mais destaque neste resultado.
5. Charles Leclerc, 25
Equipa: Ferrari
Salário: 11,6 milhões de euros
Bónus: 10,7 milhões de euros
Das três primeiras corridas de 2022, venceu duas, o que deu aos adeptos da Ferrari a esperança que já não tinham há algum tempo, mas terminou sem o título de campeão mundial. Apesar de a equipa ter o objetivo de conseguir vencer até 2026, Leclerc, como qualquer piloto de Fórmula 1, quer vencer já. “Eu sou muito impaciente”, disse numa entrevista ao Motorsport.com. “Vou-me preparar e fazer tudo o que for possível para ser campeão mundial em 2023”.
6. Sebastian Vettel, 35
Equipa: Aston Martin
Salário: 14,5 milhões de euros
Bónus: 1,9 milhões de euros
16 anos e quatro títulos mundiais depois, Vettel anunciou o final da sua carreira e, em 2023, já não estará na grelha. O alemão deixa a modalidade com 53 corridas ganhas, o terceiro melhor registo da história, ultrapassado apenas por Hamilton (103) e Michael Schumacher (91). Além disso, deixa enumeras lições e lutas em prol dos direitos humanos e da proteção do meio ambiente.
6. Daniel Ricciardo, 33
Equipa: McLaren
Salário: 14,5 milhões de euros
Bónus: 1,9 milhões de euros
Ricciardo foi o protagonista de vários momentos inesperados em 2022. O piloto australiano tinha contrato com a McLaren até ao final de 2023, e chegou a dizer que não ia a lado nenhum durante o ano passado, mas de repente a equipa decidiu rescindir esse contrato. O piloto será substituído por Oscar Piastri. Mas não fica por aqui, nessa altura algumas equipas ainda tinham vagas para pilotos e parecia impensável que Ricciardo ficassem sem lugar. Mas ficou. Em 2023, o australiano assume o papel de piloto de reserva.
8. Carlos Sainz, 28
Equipa: Ferrari
Salário: 7,7 milhões de euros
Bónus: 6,8 milhões de euros
O final e o início da temporada do espanhol não tiveram muitas semelhanças. Sainz começou em destaque, o que lhe garantiu uma extensão de dois anos no seu contrato logo em abril, mas terminou o ano na quinta posição. Pelo caminho conseguiu vencer pela primeira vez um grande prémio.
9. Lando Norris, 23
Equipa: McLaren
Salário: 4,8 milhões de euros
Bónus: 5,8 milhões de euros
2022 não foi o ano da McLaren, e não foi só por causa do drama com Ricciardo e Piastri. O carro da equipa estava longe de ser o melhor da grelha e os resultados ficaram à vista. Lando Norris, que tem contrato até 2025, vinha de uma temporada muito positiva, mas acabou em 7.º lugar. Em 2023, o desafio passa também por conviver e competir com um novo colega de equipa.
10. George Russell, 25
Equipa: Mercedes
Salário: 2,9 milhões de euros
Bónus: 6,8 milhões de euros
Durante muitos anos, George Russell sonhou com esta época. Em 2022, conquistou o objetivo de se tornar piloto da Mercedes e não desiludiu. A equipa, por outro lado, não conseguiu brilhar. No meio dos resultados longe dos registos de outros tempos, Russell conseguiu a pole position em junho e a sua primeira vitória no Grande Prémio do Brasil.