A Impresa desfez-se da participação que tinha na agência Lusa. Em comunicado à CMVM (Comissão do Mercado de Valores Imobiliários), a Imprensa deu conta de ter vendido a título definitivo 22,35% de ações, num total de 476.064 títulos, com o valor nominal de €2,50.
Estes 22,35% eram a totalidade da participação acionista que a Impresa possuía na Lusa.
A agência de notícias Lusa é detida em 50,15% pelo Estado. O Global media Group é o segundo maior acionistra, com 23,36%.
A venda dos títulos até aqui detidos pela Impresa foi selada pelo preço de 1,250 milhões de euros. O comprador foi a empresa Páginas Civilizadas.
Esta alienação foi realizada no âmbito da concretização do plano estratégico da Impresa para o triénio 2020-2022 e do reposicionamento da atividade deste grupo de comunicação social, “com um enfoque primordialmente nas componentes do audiovisual e do digital”.
Já em junho deste ano, a Impresa tinha vendido a sua participação de 33,33% na distribuidora de jornais e revistas Vasp à Páginas Civilizadas e Cofina Media, no valor de 2,1 milhões de euros.
Estas alienações vêm na sequência da celebração de contratos-promessa, em janeiro de 2021, entre a Impresa e a Páginas Civilizadas, empresa do Grupo Bel, do empresário Marco Galinha, que é acionista da Global Media, para a venda das suas posições acionistas na Vasp Distribuidora de Publicações e na Lusa.
A Impresa refere ainda ter incorrido em perdas, tendo, em consequência, “registado imparidades ainda nas contas de 2020 no montante de €24.925”.