Portugal continua a ser um país com muita procura por imóveis premium, sobretudo por estrangeiros abastados que querem aproveitar o melhor que a nossa geografia tem para oferecer. Segundo o The Wealth Report 2024, realizado pela multinacional de imobiliário Knight Frank, o Algarve foi a quarta zona do mundo com a maior subida dos preços do imobiliário residencial de luxo, com um crescimento de 12,3%, apenas superado por Manila, no lugar cimeiro, o Dubai e as Bahamas.
Por isso não será novidade que os preços do segmento premium continuem a crescer, de uma forma geral, ano após ano. Assim, segundo um estudo do portal imobiliário Idealista, que comparou o preço por metro quadrado das casas mais caras à venda em abril de 2023 e no mesmo mês de 2024, este segmento, que corresponde a 10% dos preços mais elevados, subiu 6,5% num ano. Este crescimento está em linha com o incremento sentido em todo o mercado, que se situou nos 6,4%.
No distrito de Faro, por exemplo, o preço do mercado geral cresceu 7,7% e o valor do segmento premium cresceu 11,3%.
O local onde os preços das casas premium mais subiram foi na Ilha da Madeira, com um incremento de 21,7%, logo seguido de Castelo Branco, com um crescimento de 19,2% e Beja com 16,5%. As menores subidas registadas foram na ilha de São Miguel, e em Viana do Castelo, ambas com um crescimento de 5,6%, seguidas de Lisboa e Setúbal com 5% cada. Porto registou um crescimento de 3,1%. Foram apenas dois os distritos em que o preço dos imóveis mais caros se reduziu: o de Évora, com uma quebra de 4,2% e o de Braga, que caiu 4,3%.
Castelo Branco com maior diferença de crescimento por segmento
No que diz respeito aos distritos estudados e analisando por evolução dos preços do mercado como um todo, as casas premium tiveram aumentos mais significativos em cinco dos 20 distritos, sendo que a maior diferença entre a oferta de topo e o mercado geral foi no distrito de Castelo Branco: enquanto o mercado cresceu 9,9%, o valor das residências mais caras cresceu 19,2%. No distrito de Faro, por exemplo, o preço do mercado geral cresceu 7,7% e o valor do segmento premium cresceu 11,3%. No extremo oposto ficou Viseu, onde as casas mais caras aumentaram menos do que o mercado em geral: as primeiras cresceram 12,7% de valor e o mercado cresceu 16,7%.
Por outro lado, a diferença na evolução dos preços no imobiliário residencial na ilha da Madeira foi quase nula, ou seja, ambos os mercados registaram um incremento de 21,7%.
A maior diferença entre o mercado geral e ao mercado de luxo, foi em Leiria, onde os preços da habitação cresceram 10,4% e no segmento premium cresceram 17,8%.
Analisando o comportamento do mercado por cidades (capitais de distrito), comparando com o mercado imobiliário geral, as casas premium à venda tiveram um incremento mais expressivo em oito dos 20 centros urbanos. Funchal foi a cidade na qual as casas de luxo apresentaram um maior acréscimo de valor, situando-se nos 18,8%, e Leiria foi a segunda cidade do ranking, com um crescimento de 17,8%, seguida de Viseu, com 13,8% e de Vila Real, com 13,2%.
A maior diferença entre o mercado geral e ao mercado de luxo, foi em Leiria, onde os preços da habitação cresceram 10,4% e no segmento premium cresceram 17,8%, seguindo-se Vila Real, com um acréscimo de 6,2% no mercado geral e 13,2% no mercado exclusivo. Situação inversa foi sentida em Viana do Castelo: aqui o preço do mercado geral cresceu 22,2% e os de luxo apenas 5%, sendo que Faro se registou uma tendência semelhante: 10% no geral e 3,5% no mercado exclusivo.