A consultora JLL fez as contas e concluiu que o setor do imobiliário confirmou a resiliência, mesmo sob o efeito da pandemia, pelo que deverá fechar o ano com um volume de transações de mais de 33 mil milhões de euros. Este desempenho traduz um aumento de 10% face aos 28,9 milhões de euros transacionados em 2020.
Em comunicado, a JLL explica que este comportamento reflete o desempenho do segmento residencial, no qual as vendas estimadas significam atingir um novo recorde, num montante que supera em 15% os 26.2 mil milhões de 2020. O investimento em imobiliário comercial deverá ficar entre os 1.850 milhões de euros e os 1.900 milhões de euros.
Citado no comunicado, o CEO da JLL Portugal, Pedro Lancastre, sublinha que: “Nesta reta final do ano, apesar do contexto adverso da pandemia que já impacta o setor há quase dois anos, confirma-se que o imobiliário tem sido fundamental para a recuperação da economia”. Pedro Lencastre detalha ainda que: “Isso é especialmente visível na habitação, onde mais do que um setor a resistir, vemos um setor com uma vitalidade acrescida e níveis de procura que estão em máximos históricos”.
O CEO da consultora imobiliária antecipa ainda que “esta aceleração da atividade na segunda metade do ano abre boas perspetivas para 2022. O mercado reúne todas as condições para ganhar robustez ao longo do próximo ano, pois existe uma procura real para escritórios e para habitação, e, no que respeita ao investimento, Portugal continua a estar muito bem posicionado para disputar a elevada liquidez disponível no panorama internacional”. E garante que o mercado não perdeu atratividade “para a procura estrangeira, quer seja para compra de produto final, quer para compra como investimento, e ao mesmo tempo há uma crescente dinâmica no mercado doméstico para ocupação de escritórios e venda de habitação, bem como para investimento”.