A debandada das petrolíferas internacionais, os preços dos terrenos que teima em não baixar, a ineficácia no tratamento do direito de propriedade e a inexistência de um guiché único do imóvel para abreviar a burocracia da compra de um imóvel são alguns dos pontos que o especialista Pedro Caldeira aponta como entraves no mercado imobiliário.
Presidente da associação dos profissionais do ramo, a APIMA, este ex-quadro superior da banca, já com 25 anos de experiência na promoção e intermediação imobiliária, e ele próprio empresário do sector, não aponta apenas críticas, elaborando também, nesta entrevista à FORBES, um caderno de encargos para os responsáveis políticos.
“A banca não pode olhar para o sector com uma só visão”, reclama.
Imprimir dinamismo ao ramo imobiliário e permitir que o acesso a habitação próprio não seja exclusivo de cidadãos com renda alta é algo que passa igualmente pela banca. “Os bancos não podem dizer que não dão crédito a ninguém”, alerta, ainda que admita o fecho da torneira do financiamento bancário às habitações de preços elevados.
Olhando para dentro da sua “casa”, o responsável da APIMA admite haver muito trabalho por fazer no sector imobiliário por parte dos profissionais e em termos associativos. Para este ano promete um feirão que ajude a desbloquear o sector.