ICON em Portugal: “Todas as pessoas, empresas e instituições influenciam ou são influenciadas”

Há cerca de 10 anos, Pedro Afonso teve uma ideia: fazer uma conferência que tivesse a palavra influência como tema principal. Tudo isto porque estava certo de que essa era a palavra mais importante de qualquer dicionário. "Comecei a estudar um bocadinho sobre o tema e percebi claramente que, dando um exemplo, quando se faz…
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A conferência internacional sobre influência tem a sua primeira edição marcada para os dias 4, 5 e 6 de junho, em Lisboa. A Forbes falou com um dos fundadores.
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Há cerca de 10 anos, Pedro Afonso teve uma ideia: fazer uma conferência que tivesse a palavra influência como tema principal. Tudo isto porque estava certo de que essa era a palavra mais importante de qualquer dicionário. “Comecei a estudar um bocadinho sobre o tema e percebi claramente que, dando um exemplo, quando se faz uma entrevista a alguém seja sobre o assunto que for, toda a gente usa uma coisa nas suas entrevistas: a influência. As minhas influências na música, as minhas influências na pintura, na leitura, na educação. Isso marcou-me muito e percebi que a palavra influência tem essa força muito grande”, conta à Forbes. Ao mesmo tempo, via a forma como a palavra estava numa fase de crescimento quando associada aos criadores de conteúdo, que têm a influência como profissão.

Com isto em mente, uns anos mais tarde decidiu falar com Rishaad Sacoor e hoje são os co-fundadores do evento que chega a esta semana a Portugal, entre os dias 4 e 6 de junho: ICON, a conferência internacional sobre influência.

“Porque não fazer uma conferência onde pudéssemos trazer as pessoas que verdadeiramente influenciam e que pudéssemos fazer-lhes perguntas. Vamos ter painéis sobre moda, sobre gastronomia, inteligência artificial, política, negócios, redes sociais. Todas estas pessoas, empresas e instituições, de alguma forma, influenciam ou são influenciadas”, diz.

Pedro Afonso é um dos fundadores da conferência ICON.

O ICON nasce, assim, com um propósito muito claro. Pedro chama-lhe o de “ser um projeto vencedor” e o que isso significa é simples, na visão do co-fundador: que todas as pessoas que passem pelo evento, seja como oradores ou não, possam aprender alguma coisa durante os painéis. “Eu já estive em muitos eventos na minha vida e uma das coisas mais frustrante é irmos a um evento, acharmos que vamos aprender alguma coisa e depois não sai de lá nada. Nós estamos a fazer de tudo para que não aconteça isso”, garante.

Além disso, a organização pretende que todos consigam entender, a partir das experiências dos convidados, o que é na verdade um influenciador. “Hoje em dia confundimos muito o influencer com o influenciador. O influencer é um tipo de influenciador, mas não é o único tipo de influenciador. Dou um exemplo, há um estudo que diz que a professora ou o professor primário tem uma influência brutal sobre as crianças, até mais que os pais”, diz.

A lista de oradores conta com nomes como Camila Coelho, Georgia Stanway, Chiara Ferragni, Simon Cowell, a Under 30 da Forbes Portugal Jone Conde, Rita Pereira ou as quatro convidadas do painel da Forbes: Mia Rose, Catarina Gouveia, Constanza Ariza e Bruna Martiolli.

“Nesta primeira edição nós só vamos falar, ou diria 90% das vezes, de coisas positivas, mas nas próximas também vamos falar de influências negativas. Também é importante, não é? A força que algumas influências têm de forma negativa”, afirma Pedro.

Outro match inevitável foi o do evento com a cidade de Lisboa. “É uma cidade icónica e nós tínhamos de começar este projeto com essa força e num espaço também ele icónico”, diz o co-fundador. O objetivo para o futuro passa pela internacionalização, mas fazia todo o sentido ter a primeira edição em Portugal. “A malta muitas vezes esquece-se, mas Portugal já dividiu o mundo com outro país. Portugal é um país de influência mundial. O secretário-geral da ONU é português, o maior influenciador digital do mundo e o maior jogador de futebol da história é um português. É um país incrível do ponto de vista turístico”, defende.

Imagem: ICON

Claro que nada disto aconteceu sem uma boa dose de desafios. O primeiro foi, como seria de esperar, a agenda. No grupo de oradores estão pessoas de mais de 10 países e foi preciso juntá-los nos mesmos dias, às mesmas horas, no mesmo local. Em segundo foi a comunicação: “Como é que se consegue comunicar uma marca e um evento que nunca existiu? Como é que se consegue traduzir e dizer logo às pessoas que este evento tem estas características e que é isto?”. O terceiro, Pedro Afonso diz que “tem a ver com a vida”. Ou seja, todos os problemas que ninguém controla, mas que podem acontecer: como um apagão, como vimos recentemente em Portugal, ou algum problema no aeroporto.

Qualquer outro problema, como um carro que deveria estar num sítio a uma hora e não estava, são coisas que a organização garante estar pronta para lidar ao longo dos dias da conferência no Meo Arena.

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