Hoteleiros otimistas com a procura para o Natal e Réveillon

A quadra festiva do Natal e Réveillon tem impulsionado o crescimento da procura no turismo, sendo que as perspetivas para este período em 2025 são positivas. De acordo com a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), “as perspetivas para a época festiva de Natal e Réveillon 2025 apontam para uma evolução globalmente positiva da atividade…
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Os sinais são positivos para a hotelaria nesta quadra festiva. A Associação da Hotelaria de Portugal revela que a taxa de reserva média nacional para o Natal situou-se nos 42% e para a Passagem de Ano atinge os 55%.
Economia Forbes Life

A quadra festiva do Natal e Réveillon tem impulsionado o crescimento da procura no turismo, sendo que as perspetivas para este período em 2025 são positivas. De acordo com a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), “as perspetivas para a época festiva de Natal e Réveillon 2025 apontam para uma evolução globalmente positiva da atividade hoteleira, embora marcada pelas habituais assimetrias regionais”.

Com base no inquérito “Perspectivas Natal & Réveillon 2025”, que decorreu entre 24 de novembro e 12 de dezembro, a AHP concluiu, que até esta data, a taxa de reserva média nacional para o Natal situou-se nos 42%, o que representou um aumento de quatro pontos percentuais face às reservas no mesmo período no ano passado. Para a Passagem de Ano, a taxa de reserva atinge os 55%, acima dos 50% registados em 2024.

A Associação liderada por Bernardo Trindade refere ainda que, considerando as taxas de reserva verificadas à data do inquérito, os valores mais elevados registam-se na Madeira, com 71%. Na Grande Lisboa, a taxa de 44% é igual àquela que foi apurada em igual período de 2024. Em sentido contrário, os valores mais baixos de reservas verificam-se nos Açores (29%), na Península de Setúbal (28%) e no Alentejo (24%).

No que se refere às expectativas de taxa de ocupação (TO), “o otimismo é mais evidente na Madeira, onde 60% dos hoteleiros antecipam uma ‘TO Melhor ou Muito Melhor’ do que no Natal anterior. No Alentejo, 47% dos hoteleiros antecipa uma ‘TO Pior ou Muito Pior’ face a 2024”.

Ao nível dos proveitos, a Madeira destaca-se com 85% dos hoteleiros a antecipar receitas ‘Muito Melhores’, em linha com os 91% que preveem um Average Room Rate (ARR) ‘Melhor ou Muito Melhor’. A Península de Setúbal apresenta também perspetivas positivas de proveitos para 71% dos hoteleiros. Já na Grande Lisboa, as expectativas são mais moderadas, com 44% a antever proveitos melhores e metade dos hoteleiros a prever um ARR idêntico ao do Natal passado.

Para o Réveillon de 2025 as taxas de reserva (à data do inquérito) mais elevadas registam-se na Madeira (79%) e na Grande Lisboa (58%). Na região da Madeira e do Alentejo, 61% e 58% dos hoteleiros, respetivamente, antecipam uma ‘TO Melhor ou Muito Melhor’ face à Passagem de Ano anterior.

As regiões dos Açores e do Oeste e Vale do Tejo apresentam expectativas menos favoráveis, com a maioria dos hoteleiros a antecipar uma ocupação inferior. Na Grande Lisboa, as expectativas encontram-se repartidas de forma igual entre cenários piores, iguais e melhores.

Para os dois períodos da época festiva, os hoteleiros não têm dúvidas em identificar o mercado nacional como sendo o que tem mais peso. É seguido pelos Estados Unidos, Espanha e Reino Unido, com este último a assumir especial relevância na Madeira (91% dos inquiridos).

Lisboa cresce à boleia da Web Summit

A AHP realizou ainda o inquérito “After Web Summit 2025”, que decorreu entre 14 e 28 de novembro, para avaliar os impactos na hotelaria. De acordo com os dados recolhidos, durante a semana do evento, os hoteleiros de Lisboa registaram uma taxa de ocupação de 89%, o que representa um aumento de um ponto percentual face ao período homólogo de 2024. O Preço Médio (ARR), em termos like-for-like, situou-se nos 198 euros, correspondendo a um crescimento de 2%. Quando comparada com a semana do evento, a semana anterior (de 3 de novembro) registou um desempenho inferior para 84% dos inquiridos, tendo os restantes 16% avaliado o desempenho como idêntico. Os principais mercados emissores nesse período foram os Estados Unidos (73% dos inquiridos), a Alemanha (49%), Portugal (44%) e o Reino Unido (44%). Este perfil alinha-se com os mercados habituais da cidade de Lisboa.

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