A pandemia não impediu a Praça de se apresentar. Com cuidados redobrados, o projeto vencedor do concurso lançado pela Startup Lisboa para a exploração da área de comércio e serviços do Hub Criativo do Beato, deu-se a conhecer através das palavras da sua fundadora, Claudia Almeida e Silva, e da degustação dos produtos, nacionais e biológicos, os verdadeiros protagonistas deste conceito.
“Eles são o rosto e uma presença constante na Praça e todos têm uma história por trás que será contada aqui, ao vivo, pois não cabem numa simples etiqueta”, refere Claudia, enfatizando o facto de este ser essencialmente “um espaço informal de convívio para provar, comer, comprar e aprender ao mesmo tempo”. E, por isso, até uma escola está prevista no projeto que inclui um refeitório, – uma reconstituição do antigo refeitório da Manutenção Militar com uma cozinha aberta dedicada ao produto- um talho de carnes autóctones portuguesas, uma peixaria com grelha, um mercado de produtos frescos, um espaço vegetariano, uma adega, um espaço dedicado ao azeite, uma padaria e pastelaria de produção local, uma queijaria e charcutaria artesanal e ainda uma mercearia onde o granel e a oferta biológica têm protagonismo.
Tudo o que esta zona, outrora de grande atividade económica, precisa para ser revitalizada, acrescenta Miguel Fontes, diretor-executivo da Startup Lisboa. “Este é um projeto âncora e a inovação é a palavra mágica. O Hub Criativo não é só um espaço de trabalho. É um espaço para ser vivido e precisamos de quem sirva com excelência. A comida e bebida está presente, mas de uma forma inovadora”, acrescenta.
E assim nasce a Praça que já está a funcionar em termos digitais, pode fazer a sua cesta e pedido de entrega nos concelhos de Lisboa, Cascais, Sintra e Setúbal, e com obras a avançar em dois edifícios com uma área de 1700m2 separados por um jardim que será também uma horta, para que a experiência do cultivo possa ser vivida e apreendida.
“Não queremos que este seja um espaço fechado. Pelo contrário. Queremos dinamizar a cidade de Lisboa, mas não esquecer quem vive aqui ao lado. O Beato tem uma população sénior grande, queremos que este seja um ponto de encontro entre os mais velhos e os mais novos”. Ou como diria o vereador Miguel Gaspar, também presente no momento, “este é um espaço diferente para se estar”. Mas só a partir do final do primeiro semestre de 2021.