A corrida às privatizações aberta pelo actual Governo vai desenvolver-se em várias “ligas”, criando condições para o acesso a empresários com perfis financeiros variados, diz, em entrevista à FORBES, Patrício Vilar, ponta-de-lança do PROPRIV – Programa de Privatizações.
O até há dias presidente da comissão executiva da Bodiva (já em Novembro foi anunciado que o cargo passava a ser ocupado por Ottoniel dos Santos) e coordenador do grupo técnico de apoio às privatizações explica que o aumento da eficiência económica das empresas é o foco do programa desenvolvido pelo Governo. Enunciando alguns dos pressupostos para a venda de participações a privados – designadamente as capacidades de gestão e de aporte financeiro que os candidatos trarão –, o gestor assume a necessidade de encaixe financeiro pelo Estado, mas estende as mais-valias desta iniciativa também ao capítulo do fim dos subsídios à exploração.
Na soma de vantagens enunciadas por Patrício Vilar há ainda a redução significativa das importações e o escalonamento das diversas empresas por patamares aos quais possam aceder diferentes perfis de investidores. Numa entrevista em que deixa vários alertas, designadamente ao nível do desemprego no imediato, o gestor avança uma mensagem de esperança para a tracção que os novos investidores trarão ao tecido empresarial.