O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, abriu esta manhã a primeira Cimeira de Negócios da Confederação Empresarial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP), onde lembrou que “este fórum converte-se na chave para promover o acesso a novos mercados”.
Teodoro Obiang destacou o facto de a cimeira coincidir “com a aprovação de um novo programa de integração da Guiné Equatorial na CPLP, em que a vertente económica foi consagrada”.
Num discurso feito através de videoconferência, o chefe de Estado equato-guineense sublinhou que o país que lidera goza de estabilidade política o que o converte num destino propício para o investimento estrangeiro.
O Chefe de Estado do país anfitrião da Cimeira de Negócios de Malabo sublinhou ainda algumas das áreas, em que, existem vastas oportunidades para a realização de parcerias económicas como a energia, pescas, agricultura, indústrias transformadoras, turismo, hotelaria, formação, transportes e recursos humanos.
Até sexta-feira o centro de conferências de Sipopo, na ilha de Bioko, recebe cerca de 250 empresários e delegações governamentais de vários países lusófonos da CE-CPLP para debater as oportunidades de negócio no seio da organização.
Para quem pretende investir na Guiné Equatorial Teodoro Obiang garantiu a intenção de abrir mais o mercado, melhorar o ambiente de negócios e criar melhores condições para as empresas nas áreas referidas.
E para provar esta maior abertura do mercado, detalhou que o país “acabou de ratificar o acordo para a criação da zona de livre comércio do continente africano que abre novas perspetivas e vantagens para as empresas operarem a partir da Guiné Equatorial”.
Além disso, anunciou que o seu governo propôs à CE-CPLP a construção de uma zona industrial em Bata, na parte continental do país, onde serão criadas “grandes oportunidades de negócios para as empresas estabelecerem parcerias” com a congénere do país. Neste âmbito, seriam disponibilizados terrenos, vantagens administrativas e fiscais porque “queremos que as empresas da nossa comunidade se instalem na Guiné Equatorial e contribuam para o crescimento e desenvolvimento económico e social que vão tornar esta comunidade mais forte e competitiva”, assumiu.
O governante reiterou a “determinação, firmeza e fidelidade” aos objetivos e princípios da CPLP, na qual a Guiné Equatorial entrou em 2014. “Juntos somos mais fortes, vamos avançar e libertar os nossos povos da fome e da miséria a que se encontram votados”, pediu. Aproveitando este alinhamento com a organização, Teodoro Obiang alertou que a CPLP não pode continuar alheia à situação de violência armada que assola a província de Cabo Delgado, em Moçambique, que classificou de pirataria. “Uma família de irmãos deve ser regulada pela equidade e solidariedade”, alertou o governante. Teodoro Obiang não tem dúvidas que esta agressão, que ultrapassa a dimensão de simples conflito interno, é uma ameaça séria à economia dos países da organização, até porque afeta 90% do comércio realizado. Por isso, pediu a atenção da comunidade internacional a estas agressões que estão a semear o terror e aconselha a que se faça uma reflexão para unir esforços para erradicar este fenómeno.