A Endesa anunciou a nomeação de Guillermo Soler Calero, atual Diretor Comercial do negócio de retalho (B2C) da Endesa, como novo diretor-geral de Portugal.
O gestor espanhol, 51 anos, sucede a Nuno Ribeiro da Silva que estava há 17 anos à frente da divisão de negócio portuguesa da Endesa.
Guillermo Soler Calero chegou a Portugal em 2001 como diretor de canais indiretos no mercado liberalizado, e desenvolveu a maior parte da sua carreira profissional em cargos de responsabilidade na Endesa, tanto em Espanha como em Portugal.
Guillermo Soler Calero foi responsável por diversos projetos no mercado nacional, designadamente o primeiro empreendimento fotovoltaico com baterias Endesa na Península ibérica, instalado no Algarve, ou o primeiro projeto solar flutuante e híbrido com energia eólica e baterias da empresa na Península Ibérica, na barragem do Alto Rabagão.
“Com esta nomeação, a Endesa reforça o seu compromisso como empresa chave no desenvolvimento da transição energética em Portugal”, diz a empresa num comunicado em que anuncia o seu grande projeto para os próximos anos: uma “proposta de desenvolvimento renovável, que inclui o maior projeto de baterias da Europa e um plano de apoio socioeconómico” que reúne um investimento de 600 milhões”.
Trata-se da reconversão da central elétrica a carvão Pego, que encerrou no ano 2021, e cujo concurso foi ganho pela Endesa.
A empresa realça que esse “é o grande marco de crescimento da empresa no país nos próximos anos”.
Em que consiste o projeto da central do Pego?
Este investimento no Pego, em Abrantes, no distrito de Santarém, destina-se à construção de nova capacidade solar (365 MWp) e eólica (264 MW) num regime de hibridização apoiado por um sistema de armazenamento com baterias com uma capacidade total de 168,6 MW.
Este sistema de baterias visa aproveitar ao máximo a produção renovável através da injeção da energia armazenada na Rede Elétrica de Serviço Público (RESP) para reduzir as perdas de energia.
Além disso, será instalado um eletrolisador de 500 kW que entra em funcionamento em simultâneo para aproveitar os excedentes que não podem ser geridos pelo sistema de armazenamento.
“Este modelo inovador, possível graças à avançada legislação portuguesa em matéria de hibridização e armazenamento de energia elétrica, vai permitir a obtenção de quase 6.000 horas de produção, superior ao funcionamento de qualquer central térmica convencional”, aponta a empresa.