A sétima edição da Web Summit que decorre em Lisboa entre 1 e 4 de novembro “terá muito sucesso”. A convicção é do ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva, que na conferência de imprensa conjunta com o cofundador da feira de tecnologia e inovação, Paddy Cosgrave, lembrou que são esperados mais de 70 mil participantes, mais de 2600 startups e empresas e mais de mil investidores.
António Costa e Silva destacou o potencial de Portugal para continuar a receber a Web Summit como a estabilidade e o desenvolvimento de um ecossistema de inovação e startups. O governante sublinhou que, fruto da parceria com Paddy Cosgrave para Lisboa acolher o certame, o contributo do universo tecnológico para a riqueza do país tem vindo a crescer. Isto porque, de acordo com o ministro da Economia, em 2015, o valor das tecnológicas no Produto Interno Bruto (PIB) não ia além de 1%. Em 2021 correspondeu a 18% do PIB, o equivalente a 40 mil milhões de euros.
Perante o facto de Portugal estar a conquistar o estatuto de “nação de startups”, o governante anunciou a implementação, até ao final do ano, de uma nova lei a pensar precisamente nesta categoria de empresas. António Costa e Silva explicou que a nova lei servirá para fortalecer “o ecossistema de startups que temos, olhar também para as questões do financiamento e do modelo de financiamento das startups e as tecnológicas e também do ponto de vista fiscal, em elementos importantes. Um deles tem a ver com as stock options, da maneira como vão ser tratadas”.
O ministro da Economia não tem dúvidas que “podemos oferecer uma lei que não só consolide o sistema, mas que seja capaz de atrair mais companhias do exterior. Queremos ter uma das leis mais competitivas do mercado europeu e quiçá também do mercado internacional”. Sem levantar muito mais a “ponta do véu”, Costa e Silva assumiu que se está a trabalhar para oferecer uma lei que não só consolide o ecossistema de startups, mas que também atraia mais empresas. “A agenda será revelada em breve. Temos uma autorização legislativa no Orçamento do Estado de 2022 e pretendemos usá-la”, rematou.
O membro do Executivo realçou que o país tem tido capacidade para atrair startups de outros países como a Revolut ou a Bolt, além de estar a potenciar a instalação de centros de inovação em território nacional.
Durante o encontro com os jornalistas, que decorreu no Hub Criativo do Beato, Paddy Cosgrave lembrou a estranheza gerada no mercado quando, em 2016 se decidiu trazer a Web Summit para Lisboa. “Tudo isto mudou”, garantiu o cofundador da feira tecnológica realçando que Lisboa se tornou numa das localizações mais sexy para instalar empresas. “A marca Portugal nunca esteve tão forte”, realçou ainda o gestor.
Depois da sombra da pandemia da Covid-19 que pôs em causa a realização do certame, assume que a edição de 2022 prepara-se para retomar a curva ascendente e trazer a Lisboa mais participantes, mais startups e investidores.