A concentração de ministérios no Campus XXI vai permitir uma poupança de perto de 20 milhões de euros, estimou hoje o ministro da Presidência, indicando que o Governo vai apresentar um plano de aproveitamento dos edifícios que ficam vagos.
“Vindo para aqui, estima-se num ano normal pouparmos cerca de 19 a 20 milhões de euros só em custo de espaços, rendas, logística, limpeza, segurança, eletricidade, frota automóvel”, afirmou António Leitão Amaro, que falava aos jornalistas no primeiro dia do Governo no Campus XXI.
Tendo ao seu lado a ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, o governante destacou que esta concentração é uma “oportunidade de economizar dinheiro aos contribuintes”.
“Claro que há um trabalho que vem de trás, claro que há um investimento para que o Estado, o Governo e a administração pública aqui se centrem, mas é um investimento que traz muitas poupanças no dia a dia”, salientou.
Leitão Amaro indicou que esta mudança “permitirá libertar três edifícios que são arrendados a privados” e sobre os quais o Governo deixará de pagar renda, e que no total, “ao longo destes dois anos, 27 edifícios do Estado que podem ser colocados ao serviço das pessoas”.
O ministro da Presidência assinalou que essas quase três dezenas de edifícios têm diferentes características e anunciou que o Governo conta “no fim do verão apresentar ao país um plano de aproveitamento desses edifícios”.
António Leitão Amaro indicou que “hoje já aqui estão a trabalhar pelo menos metade dos governantes do XXIV Governo” e, “ao longo dos dois próximos anos, à medida que conseguirmos libertar e fazer as obras nos pisos que faltam, uma grande parte do Governo aqui se instalará, mas também mais de 70 entidades da administração pública”.
O governante disse também que “uns dias antes” de o atual Governo tomar posse esteve no edifício e “metade do sétimo piso [onde está instalada grande parte dos ministros] era um estaleiro, não havia sala do Conselho de Ministros disponível”.
O ministro da Presidência indicou ainda que o primeiro-ministro também terá um gabinete neste edifício, junto à sala do Conselho de Ministros, algo que foi antecipado face ao plano inicial.
Leitão Amaro indicou que o objetivo é o líder do executivo ter ali um espaço para trabalhar antes e depois destas reuniões do Governo, ressalvando que “o sítio de trabalho normal do primeiro-ministro continua a ser a residência oficial em São Bento”.
Lusa