Gonçalo Tomaz: “Cada segundo que deixam um cliente à espera, todos são penalizados”

Enquanto clientes, já todos tivemos que esperar para ser atendidos numa linha de apoio e essa experiência pode ser absolutamente decisiva para a relação de cliente com uma marca. Foi precisamente esse o tema que levou Gonçalo Tomaz, senior pre-sales specialist da Collab à CX Summit 2025. Note-se que a Collab é uma empresa de…
ebenhack/AP
Sob o tema “On Hold: o que diz o silêncio sobre a experiência que a sua empresa proporciona ao cliente”, Gonçalo Tomaz sublinhou que “todos são penalizados por cada segundo que um cliente espera por uma resposta”.
Forbes Events

Enquanto clientes, já todos tivemos que esperar para ser atendidos numa linha de apoio e essa experiência pode ser absolutamente decisiva para a relação de cliente com uma marca. Foi precisamente esse o tema que levou Gonçalo Tomaz, senior pre-sales specialist da Collab à CX Summit 2025. Note-se que a Collab é uma empresa de software portuguesa que fornece soluções de Inteligência Artificial para apoio ao cliente.

A CX Summit 2025, que acontece esta quinta-feira na Nova SBE, em Carcavelos, junta líderes, especialistas em experiência de cliente, inovação e inteligência artificial para discutir o futuro da CX e da liderança centrada no cliente. Ao longo do dia, vamos assistir a keynotes inspiradoras, painéis com especialistas, partilhas de casos reais e muitas ideias sobre como a tecnologia pode potenciar experiências mais humanas, estratégicas e impactantes.

Sob o tema “On Hold: o que diz o silêncio sobre a experiência que a sua empresa proporciona ao cliente”, Gonçalo Tomaz sublinhou que “todos são penalizados por cada segundo que um cliente espera por uma resposta” e deixou alguns números: “Cerca de 67% desligam a chamada e entre 60% a 70% desligam quando estão à espera seis segundos ou mais. 73% colocam essa experiência como muito importante na relação com as empresas ao lado de fatores como o preço. Podemos colocar os clientes em pausa mas não podemos pausar as nossas expectativas”, referiu.

São muitos os erros que as marcas cometem quando deixam o cliente à espera mas existem alguns que são especialmente penalizadores para a experiência de quem compra como a publicidade enquanto espera por uma resposta, o tempo de espera, as transferências das chamadas entre departamentos e os longos silêncios. Outro fator importante é a dificuldade de que o seu problema não seja resolvido no primeiro contacto.

Mas afinal, como podem as empresas dinamizar esses minutos? Gonçalo Tomaz dá a receita: criatividade na forma como a empresa coloca o cliente a aguardar com uma boa conjugação de BOT’s; um “agent desktop” com informação em tempo real e unificada com uma visão 360 sobre o cliente, um assistente que possa transmitir informação sobre esse momento e que essa informação seja providenciada e usada pela empresa.

“Os clientes sofrem e os negócios também. Se a empresa não se importa com o cliente está a mostrar-lhe que é apenas um número e aí os clientes não voltam a escolher essa marca. A consequência é a de tentar refidelizar o cliente e isso também impacto para as marcas. E quanto mais tempo um operador estiver com o cliente, isso pode ser um mau sinal para a empresa. Por outro lado, o burnout dos funcionários será extremamente prejudicial para todos”, realçou este especialista.

Mais Artigos