A Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Microsoft realizaram em quatro meses cerca de 1.300 sessões de sensibilização em 4.251 escolas em todo o país visando o reforço da literacia digital e segurança na utilização da Internet.
No programa de Literacia Digital da Microsoft e da GNR, que se realizou entre o início do ano e o final de maio, participaram 49.160 pessoas, refere um comunicado conjunto das duas entidades.
Destas, 48.226 são crianças e adolescentes a frequentar o 1.º ciclo (33%), 2.º ciclo (57%) e 3.º ciclo e secundário (10%) de escolaridade, indicam.
Entre as principais regiões, Aveiro registou o maior número de participantes, mais de 5.900, seguida de Lisboa com mais de 5.500, do Porto com 4.545, de Setúbal com 3.342 e de Braga com 4.502.
As sessões gratuitas foram dirigidas a alunos, professores, encarregados de educação e comunidade sénior de todo o país, com a ajuda de 144 voluntários da Microsoft Portugal e mais de 400 militares da GNR.
“Paralelamente, e com a missão de conseguir chegar a cada vez mais pessoas, tanto a nível nacional, como internacional, as ações de sensibilização continuam a ir além fronteiras e nestes quatro meses já chegaram a um total de 150 crianças do 1.º Ciclo em Bucareste, Roménia”, é referido na nota.
Nas ações foram abordados temas como a importância da Cidadania Digital, a Inteligência Artificial e como esta pode ajudar no dia-a-dia, os perigos da desinformação e das notícias falsas, ‘cyberbullying’ e o furto de identidade, a privacidade e segurança dos dados e a dependência da internet.
Para assinalar o Dia Mundial da Criança, é recordado na nota as conclusões do último estudo anual da Microsoft, “Online Safety Survey 2024”, que aponta para um aumento de 3% face a 2023 no que diz respeito à desconfiança na utilização da Internet, situando-se agora nos 45%, com a incapacidade de limitar o tempo ‘online’ a ser um dos principais desafios entre pais e tutores.
No comunicado, é recomendado aos utilizadores que nunca forneçam dados pessoais (nome, idade, foto, morada, escola…) e desconfiar sempre de quem pede este tipo de informação, não falar ‘online’ com desconhecidos e evitar redes Wi-FI públicas não seguras.
A Microsoft chama ainda a atenção para o facto de muitos jogos ‘online’ conterem vírus, motivo pelo qual não se deve fazer o ‘download’ se não for de uma fonte oficial e segura, e para a importância de se manter o software sempre atualizado e utilizar a autenticação de duplo fator – caso não exista esta opção, escolher ‘passwords’ difíceis de descobrir.
Aconselham ainda os utilizadores, em caso de dificuldade, a pedir ajuda aos pais, professores, educadores, forças de segurança ou linhas de apoio.
(Lusa)