São jovens e empreendedores. Francisco Nogueira e Frederico Stocks, fundadores da Glooma, e distinguidos este ano com o galardão Forbes 30 Under 30, lista que destaca os jovens portugueses mais promissores em várias áreas, e prometem não parar de inovar.
A startup Glooma, que sobressaiu na categoria de Healthcare, está de vento em popa, e acaba de recolher um financiamento superior a 690 mil euros para o projeto SenseAI, uma subvenção atribuída pelo FEDER, num montante de investimento elegível de 957,6 mil euros, numa candidatura ao SIID – I&D Empresarial, sistema que apoia projetos que promovem a competitividade e o crescimento das empresas através da investigação e desenvolvimento tecnológico. Esta foi uma das quatro candidaturas aprovadas nesta fase do concurso, sendo que o projeto será acompanhado de perto pela ANI – Agência Nacional de Inovação.
A Glooma foi distinguida com o Selo de Idoneidade na prática de Investigação e Desenvolvimento por parte da ANI, um selo que permitirá à empresa beneficiar de fundos adicionais do SIFIDE, e poderá reforçar a capacidade de liderar projetos de I&D na área da saúde.
Recorde-se que a Glooma, que atua na área dos dispositivos médicos, está a desenvolver um produto, em concreto uma luva com sensores, a SenseGlove, destinada a apoiar a deteção precoce do cancro da mama. A luva está ligada a uma aplicação móvel que deverá ser usada no momento do autoexame mamário para que assim o dispositivo monitorize e detecte alterações no tecido mamário. A empresa refere que a sua missão é reduzir a percentagem de cancros da mama que são detectados tardiamente, a partir do dispositivo médico que desenvolveu.
Frederico Stock, Cofundador e CFO e COO da Glooma adianta que este investimento do SIID “será fundamental para impulsionar os nossos esforços de inovação e avanço tecnológico. Com este apoio, conseguiremos progredir significativamente na criação de soluções eficazes, como a SenseGlove, para ajudar na deteção precoce do cancro da mama”.
A SenseGlove estará plenamente desenvolvida em janeiro de 2025, data a partir da qual serão realizados testes clínicos nos Estados Unidos, que começaram nesse mesmo mês.
Assim, a empresa avança que este valor será investido no desenvolvimento da luva – do hardware em si -, de uma aplicação móvel que complemente a luva, de algoritmos de imagem que permitam uma identificação mais eficaz e para a realização de testes e ensaios clínicos. A Glooma explica à Forbes Portugal que “O nosso principal objetivo com este montante é terminar o desenvolvimento da luva – apontado para janeiro de 2025 -, realização de testes de usabilidade e realização dos estudos clínicos nos Estados Unidos, a começar nesse mesmo mês”.
Francisco Nogueira, cofundador e CEO da Glooma afirma que a SenseGlove ainda não se encontra à venda “porque ainda não passou pela certificação como dispositivo médico, considerando que isto é um processo rigoroso que demora”.
Selo de Idoneidade na prática de I&D
Para além deste importante investimento, a empresa foi ainda distinguida com o Selo de Idoneidade na prática de Investigação e Desenvolvimento por parte da ANI, um selo que permitirá à empresa beneficiar de fundos adicionais do SIFIDE, e poderá reforçar a capacidade da Glooma liderar projetos de I&D na área da saúde. A empresa já tinha recebido anteriormente a distinção de “Born from Knowledge”, destacando-se como uma das principais inovadoras no setor da saúde.
Francisco Nogueira, cofundador e CEO da Glooma, refere a propósito desta distinção que” Este reconhecimento valida o nosso compromisso com a inovação e a procura constante por soluções que podem ajudar a salvar vidas. Estas atribuições representam a nossa resiliência ao longo destes anos de investigação e desenvolvimento. Passámos por muitos desafios, mas a nossa missão de salvar vidas mantém-nos ainda mais determinados a continuar.”