As redes sociais estão cada vez mais a conquistar espaço enquanto canal de vendas. Pelo menos, esta é uma das conclusões de um estudo da Adyen, plataforma global de tecnologia financeira, que conclui que 48% da Geração Z (que compreende pessoas algures entre os 13 e os 27 anos) realizou compras nas redes sociais no último ano.
De acordo com o Retail Report 2024 desta plataforma é “notável o aumento expressivo do social commerce, com a Geração Z a impulsionar o aumento das compras nas redes sociais, tornando-se a geração mais suscetível a fazer compras nestes canais (comparativamente com qualquer outro grupo etário)”.
De entre as conclusões do estudo, pode ler-se que 40% dos consumidores em Portugal utiliza as redes sociais para fazer compras. Mas apenas 8% dos consumidores portugueses afirma ter utilizado as redes sociais para fazer compras pela primeira vez, nos últimos 12 meses. E, em média, gastam cerca de 81,27 euros por cada transação. Isto sem esquecer que os consumidores portugueses utilizam as redes sociais para fazer compras quatro vezes por mês.
O mesmo estudo realça que existe também um crescimento nas restantes faixas etárias, que já começam a utilizar estas plataformas para comprar bens, sendo que, 43% dos Millennials já o fazem, 40% da Geração X e 30% dos Baby Boomers.
Em traços gerais, das diferentes opções de compras nas redes sociais, o estudo salienta que o Facebook Marketplace foi o mais popular entre todas as gerações, sendo que na Geração Z a preferência mantém-se pelo Instagram. No que diz respeito à loja do TikTok, e apesar de a sua popularidade crescer a nível mundial, em Portugal, foi considerado o terceiro destino de compras mais popular em todos os grupos etários.
A crescente popularidade de utilização das redes sociais para fazer compras “pode dever-se à melhoria da capacidade dos algoritmos. Isto quer dizer que os algoritmos estão cada vez melhor a prever e a apresentar aos consumidores aquilo em que estes estão realmente interessados. Isto possibilita a conversão dos interesses em compras de produtos ou serviços, de forma fácil e rápida”, defende a Adyen.
Numa avaliação feita do lado das empresas, a Adyen sublinha que “apesar de apenas 22%, a nível global, utilizar o social commerce para vender produtos, 75% afirma que este melhorou significativamente as suas receitas, especialmente nos setores da moda de luxo (37%), vestuário e acessórios (36%) e saúde (30%)”.
Mas há um obstáculo a ter em conta e que impede uma maior personalização por parte dos retalhistas nas redes sociais, que é “a perceção de que existe falta de segurança quando se fazem compras através das redes sociais, com 16% dos consumidores inquiridos a afirmar não utilizar as redes sociais por receio de contas fraudulentas”.
O country manager da tecnológica para Espanha e Portugal, Juan José Llorente, afirma que a empresa que a Adyen acredita que “o sucesso das empresas dependerá diretamente do desenvolvimento de uma experiência phygital completa, intimamente ligada à tecnologia, à adaptação do mercado global e à personalização da experiência do utilizador”.