“Pioneira” é o adjectivo que Nuno Santos quer ver associado à Optimize Investment Partners, a sociedade gestora que administra 123 milhões de euros em fundos de investimento. Nos planos de poupança reforma (PPR), conseguiu: foi a primeira a lançar um PPR que pode investir exclusivamente no mercado accionista, o Optimize Capital Reforma PPR/OICVM Agressivo.
Até Junho de 2018, as sociedades gestoras de PPR não podiam investir mais de 55% da carteira desses produtos em acções ou noutros instrumentos que fornecem exposição aos mercados accionistas. Antes de 2004, o limite era ainda menor. A mudança “permite maior flexibilidade na concepção e gestão dos planos de poupança, possibilitando o aumento da rendibilidade e da variedade dos planos de poupança”, lê-se na portaria que elimina o limite accionista, assinada por Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado Adjunto e das Finanças. Quando a legislação entrou em vigor, a equipa da Optimize já estava preparada. “Estivemos apenas a aguardar as autorizações normais das autoridades de supervisão”, recorda Nuno Santos, indicando que o PPR Agressivo começou a actividade no último dia de 2018. No início de Abril, o PPR Agressivo tinha 77% da carteira exposta às acções.
Era uma limitação condenada pelo sector. “A impossibilidade de constituir um PPR vocacionado para o mercado accionista era uma grosseira limitação à possibilidade de diversificação e de escolha por parte dos investidores”, resume José Veiga Sarmento, presidente da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios, que, entre os seus associados, conta com 14 entidades que gerem PPR. “O importante é que se faça o caminho e que os aforradores possam descobrir as vantagens de médio e longo prazo no investimento em acções”, acrescenta.
A FORBES de Maio faz uma viagem pelo universo dos planos poupança reforma em Portugal e pelas novas possibilidades de investimento que esta mudança crucial traz para este popular produto financeiro. Nas bancas.