Desde o dia 1 de janeiro de 2023, o grupo Gran Cruz, produtor e comercializador de vinho do Porto e do Douro, passou a ter uma nova denominação oficial: Granvinhos.
A designação decorre do processo de fusão, fruto da incorporação das empresas C. da Silva e Companhia União dos Vinhos do Porto e Madeira na Gran Cruz Porto.
Esta fusão enquadra-se numa estratégia de racionalização e crescimento do grupo, realça o grupo em comunicado.
Na sequência deste processo de fusão, todas as atividades de produção e de comercialização de vinhos, bem como de distribuição das bebidas espirituosas da La Martiniquaise em Portugal, passam a estar concentradas no grupo Granvinhos.
Segundo a empresa, “esta alteração da denominação não afeta, contudo, individualmente as designações comerciais das marcas já existentes e de maior destaque dentro das empresas fusionadas”, ou seja, “Porto Cruz, Porto Dalva, Porto Presidential e C. da Silva mantêm os seus nomes nos mercados”, informa a empresa.
Granvinhos passou também a ser acionista maioritária do segundo maior exportador de vinhos do Porto, Vicente Faria Vinhos, e adquiriu a marca portuguesa Albergaria.
O arranque deste novo ano fica também marcado por mais novidades, dado que a Granvinhos passou a deter o controlo acionista da empresa Vicente Faria Vinhos, S.A., através da aquisição de 60% do capital social daquela sociedade – que é a segunda maior empresa exportadora de Vinho do Douro.
Segundo explica a Granvinhos, esta aquisição traz ao grupo “um peso ainda mais significativo na comercialização de vinhos do Douro, além da diversificação da sua ação a outras regiões, passando assim a comercializar Vinho Verde e Vinho de Lisboa, num total de mais de 4 milhões de garrafas por ano”.
A Granvinhos adquiriu, ainda, às Caves Borlido a marca tradicional portuguesa Albergaria, criada em 1972, e que comercializa dois dos licores portugueses mais populares no mercado nacional: o Licor de Amêndoa Amarga e o Licor de Ginja, com vendas superiores a um milhão de garrafas por ano.
Nova adega em Peso da Régua
A Granvinhos adianta ainda que na forja está ainda a construção de uma moderna adega, eficiente e sustentável, na Quinta do Cedro, no Rodo, em Peso da Régua. Trata-se de um centro de vinificação dotado de capacidade para vinificar mais de 8.000 toneladas de uva, com tecnologia adaptada à produção quer de vinho do Douro, quer de vinho do Porto.
“O projeto pretende ainda dar resposta ao referencial de sustentabilidade ambiental, económico e social, com que a empresa se quer comprometer. Esta adega insere-se na Agenda Mobilizadora para a Inovação Empresarial ‘Vine and Wine Portugal’, que a Granvinhos lidera no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência português (PRR)”, refere, por fim, no comunicado.