A 33N Ventures, fundo de capital de risco de cibersegurança e software criado pelos ex-quadros da Sonae Carlos Alberto Silva e Carlos Moreira da Silva em parceria com a espanhola Alantra, captou um financiamento de 50 milhões com o objetivo de investir em empresas de cibersegurança e software de infraestrutura.
De acordo com a 33N, este passo vai permitir beneficiar “de uma tendência crescente num mercado que, apenas na área da cibersegurança já representa mais de 200 mil milhões de euros. O Fundo concentrar-se-á principalmente em investimentos de Séries A e B, com um tamanho médio de investimento de cerca de 10 milhões de euros”.
Em comunicado, o fundo de investimento explica ainda que a captação deste valor contou com “contribuições significativas da Caixa Capital, Golden Wealth Management e de fundadores de empresas incluídas nos portfolios anteriores da equipa. A capacidade de investimento inclui o comprometimento inicial de 20 milhões de euros da Alantra e da companhia de Seguros Mutua Madrilena”.
Na mesma nota, pode ler-se que a Caixa Capital, empresa de private equity da Caixa Geral de Depósitos (CGD), “entrou como investidor estratégico, contribuindo não apenas com um compromisso financeiro significativo, mas também nomeando um membro para o Comité Estratégico da 33N, aportando uma valiosa visão sobre cibersegurança e sobre os desafios de um grande player na indústria financeira, ao mesmo tempo que aumenta a visibilidade da CGD sobre o ecossistema de cibersegurança através da vasta rede da 33N e do acesso direcionado a empresas emergentes inovadoras de cibersegurança”.
A 33N Ventures refere que conta com o apoio de uma rede global de mais de 30 empreendedores, especialistas e decisores líderes em diversas áreas da indústria, seja como parte do Comité Estratégico ou como membros do Conselho Consultivo, incluindo os fundadores das anteriores empresas do portfólio da equipa, que também contribuíram com uma parte significativa do capital angariado.
A empresa de Carlos Alberto Silva e Carlos Moreira da Silva refere ainda que “está bem posicionada para atingir a meta definida de 150 milhões de euros, contando com importantes investidores que estão a avaliar a oportunidade que a 33N representa. Entre estes investidores incluem-se grandes fundos públicos bem como investidores institucionais e corporativos”. Ainda que reconheça que o atual ambiente de captação de recursos é “particularmente desafiador, a cibersegurança tem uma importância crítica num contexto geopolítico em constante evolução, impactando organizações privadas e públicas a diversos níveis”.
A empresa realça que a equipa, liderada por Carlos Alberto Silva e Carlos Moreira da Silva, “realizou mais de 20 investimentos em cibersegurança e software de infraestrutura ao longo dos últimos 10 anos, em todo o mundo, incluindo empresas como a Feedzai, Outsystems e Arctic Wolf, o unicórnio de cibersegurança fundado em 2012 pelo empresário de cibersegurança Brian NeSmith. Além disso, concluíram diversas saídas para empresas como a Thales e Qualcomm”.
Citado no comunicado, o cofundador e managing partner da 33N Ventures, Carlos Alberto Silva, sublinha que “estamos entusiasmados por alcançar este importante marco com o bem-sucedido primeiro financiamento do Fundo”. E acrescenta que “o sólido apoio e os compromissos recebidos refletem a confiança na equipa e na estratégia de investimento centrada na cibersegurança e em software de infraestrutura”.
O também cofundador e managing partner da 33N Ventures, Carlos Moreira da Silva, destaca que “o apoio do nosso Comité Estratégico e do Conselho Consultivo valida ainda mais a nossa visão e fortalece a capacidade de identificar e promover empresas de alto crescimento com potencial global”.
A empresa realça ainda que com a conclusão, bem-sucedida, desta “primeira fase de financiamento, a 33N está entusiasmada em continuar a sua missão de identificar e investir em startups inovadoras de cibersegurança e software de infraestrutura”.