Brian Chesky, mentor do Airbnb, anunciou a criação de um fundo que espera financiar inicialmente com 9,2 milhões de ações da Airbnb, para apoiar a comunidade face aos efeitos nefastos da pandemia.
Quando essa contribuição inicial atingir o valor de mil milhões de dólares, está previsto começar a investi-la na comunidade de anfitriões. Assim o diz Brian Chesky numa carta aberta dirigida a todos os anfitriões e onde acrescenta que o fundo será dedicado a questões como formação e recursos financeiros, entre muitas outras iniciativas concebidas para ajudar os anfitriões a continuar a acolher.
“A Airbnb irá ocupar-se de gerir a que se dedicam os fundos de apoio, mas serão os anfitriões que irão propor para que são utilizados. Para assegurar que as opiniões sobre a utilização do fundo são tidas em conta, será criado o Conselho Consultivo de Anfitriões, que será responsável por apresentar a forma como os anfitriões querem que o fundo de apoio seja investido na sua comunidade e fará sugestões para melhorar a Airbnb”.
Numa carta emotiva, Brian relembra como tudo começou “a 10 de outubro de 2007, no apartamento n.º 19 da Rausch Street, em São Francisco. O meu colega de quarto Joe e eu tínhamos de pagar a renda, por isso pensámos em oferecer a nossa casa a três convidados que vinham a uma conferência de design. E assim nos tornámos nos primeiros anfitriões na Airbnb. Pouco tempo depois, o nosso co-fundador Nate juntou-se à equipa, e juntos criámos um sistema para que qualquer pessoa pudesse fazer o mesmo”.
Treze anos depois e perante circunstâncias diferentes, a equipa do Airbnb tomou outras medidas, para além da criação do Fundo de Apoio aos Anfitriões: “A primeira foi alargar os critérios da categoria Superhost para incluir aqueles que não cumpriram os nossos requisitos relativamente a cancelamentos e reservas. Também modificámos a nossa Política de Força Maior para limitar os casos em que os convidados podem receber um reembolso total ao cancelar uma reserva: a segunda foi expandir as nossas regras para os hóspedes, dar mais visibilidade às regras da sua casa e garantir que os viajantes são responsabilizados pelo seu cumprimento, para que possa ter mais controlo sobre a sua estadia; e a terceira foi começar a dar-vos mais informações sobre o que os hóspedes procuram e assim disponibilizar ferramentas que vos permitam impulsionar a vossa atividade. Adaptaram-se às circunstâncias e um grande exemplo disso é que milhões de vós seguiram o Protocolo de Limpeza Avançada”.
O Airbnb gere uma comunidade de 4 milhões de anfitriões espalhados pelos quatro cantos do mundo.