A novela do processo da FTX parece já ter um desfecho judicial. Um juiz federal em Nova Iorque condenou o cofundador da empresa de criptoativos FTX, Sam Bankman-Fried, a 25 anos de prisão. O mesmo tribunal ordenou ainda o antigo magnata a que ficasse sem mais de 11 mil milhões de dólares depois de ter sido condenado no final do ano passado por sete acusações de conspiração, fraude bancária, fraude de valores mobiliários e lavagem de dinheiro.
Durante a audiência no Tribunal Distrital dos EUA em Manhattan, Sam Bankman-Fried assumiu que a sua “vida útil provavelmente acabou”, embora poderia ter enfrentado uma pena máxima de 110 anos.
O percurso de sucesso de Sam Bankman-Fried sofreu uma hecatombe depois de ter sido denunciado o escândalo financeiro, considerado um dos maiores dos EUA, que lesou milhares de investidores, onde estão também alguns portugueses, e que ainda não vislumbram como vão recuperar o seu dinheiro.
De acordo com a sentença final, o magnata roubou oito mil milhões de dólares (7,4 mil milhões de euros) aos clientes que compravam e vendiam criptoativos na plataforma da FTX ao “emprestar” esses fundos à Alameda Research, o seu fundo pessoal.
O advogado do empresário, Marc Mucasey, já revelou que irá recorrer da sentença e alegou que não havia dolo nas ações do seu cliente afirmando que, Sam Bankman-Fried, “não toma decisões com malícia no coração, ele toma decisões com matemática na cabeça”.
Estas palavras não convenceram o juiz do caso, Lewis Kaplan, que fez comentários severos antes de proferir a sentença que levará o gestor a passar um quarto de século na prisão. “Ele sabia que era errado. Ele sabia que era crime. Ele arrepende-se de ter feito uma má aposta em relação à possibilidade de ser apanhado. Mas ele não vai admitir nada, como é o seu direito”, afirmou Lewis Kaplan.
Com Forbes Internacional/ Brian Bushard