Desde que se espalhou pelo mundo, o TikTok reuniu o consenso de milhões de utilizadores que todos os dias partilham e consomem conteúdo na aplicação. Mas a nível político, o percurso não tem sido assim tão linear.
Na passada quinta-feira, a Comissão Europeia anunciou que os seus funcionários vão ser proibidos de ter a rede social chinesa nos seus telemóveis. Porquê? Por preocupações em relação à segurança. A nova regra aplica-se aos aparelhos fornecidos pela própria entidades, mas também os de utilização pessoal dos funcionários, caso tenham outras aplicações relacionadas com o trabalho.
“A medida visa proteger a comissão contra ameaças de cibersegurança e ações que podem ser utilizadas para ciberataques”, afirmou Sonya Gospodinova, uma porta-voz da Comissão, ao New York Times.
Esta medida inédita vai ser colocada em prática até 15 de março. Por enquanto não há qualquer data para o final da proibição, mas sabe-se que é vista como temporária. A nível dos países que constituem a União Europeia, nenhum, até hoje, aprovou a exclusão da aplicação. Da parte do TikTok, a ideia de que os dados dos utilizadores são partilhados com o governo chinês foi negada. “Acreditamos que esta suspensão é mal orientada e baseada em conceções erradas”, reagiu a aplicação em comunicado. Ao todo, 125 milhões usam o TikTok na União Europeia.