O comércio eletrónico bate recordes de vendas em Portugal em 2022, com uma previsão de crescimento entre 15 a 25%, com um volume de faturação de aproximadamente 130 mil milhões de euros em B2B e B2C, segundo dados da ACEPI (Associação da Economia Digital Portugal, ex-Associação do Comércio Eletrónico e da Publicidade Interativa).
Mas com o aumento das vendas online é inevitável o crescimento das fraudes levadas a cabo através das lojas online realça a Checkout.com, prestador de serviços de pagamento em Cloud que recorda que o número de sites fraudulentos detetados no mundo aumentou quase 3% no último trimestre de 2021.
“Os sites que se fazem passar por plataformas de e-commerce representavam 9,4% do total, de acordo com os dados fornecidos pela [empresa de segurança eletrónica] ESET. Além disso, de acordo com o Banco de Portugal, as tentativas de fraude online aumentaram 65% desde 2019. Já a SIBS reforça que em 10 mil euros de transações online 14,50 euros são alvo de fraude em Portugal”.
O aumento dos pagamentos eletrónicos, que triplicará em 2030, atingindo um número de 3 triliões de operações em todo o mundo, é propício ao aumento dos ciberataques.
Em 2021, este aumento foi de 50% face ao ano anterior. Além disso, o roubo de identidade afetou 42 milhões de pessoas em 2021, resultando em perdas de 52 mil milhões de dólares.
A Checkout.com refere que as burlas online podem advir de diversos métodos e canais. Falsificação online, bots, roubo de identidade são as táticas mais usadas hoje em dia, sintetizadas por estes especialistas.
🔐 Phishing e Pharming: Estes são os dois métodos mais comuns de falsificação de identidade. O phishing consiste na tentativa de enganar o utilizador através de um e-mail (spam), incitando-o a realizar uma operação bancária numa página fraudulenta. Já no Pharming não é necessário realizar qualquer operação, apenas entrar através do seu browser a uma suposta página original.
🔐 Botnets: são robôs informáticos que são instalados em computadores (através de spam ou malware) para comprar através do IP do utilizador. Este tipo de fraude geralmente tem origem em países que normalmente cometem crimes em compras online e, para as realizar, utilizam um IP de um outro local para fazer parecer que a compra foi feita a partir de um outro país. Este tipo de crime é mais usual no comércio eletrónico de ticketing.
🔐 Fraude de afiliada: o utilizador recebe uma campanha com vários produtos com desconto. O site e os descontos parecem reais, mas é uma landing page falsa.
🔐 Re-shipping: neste tipo de fraude há duas pessoas envolvidas. Um deles é aquele que faz a compra online com um cartão roubado, enquanto o outro é aquele que recebe a mercadoria (para evitar que o primeiro seja descoberto). Uma vez recebida, é enviada ao comprador.
🔐 Account takeover: o burlão obtém os dados de um cliente e assume o controlo da sua conta para modificar alguns dados e poder realizar a compra online. Pode alterar o endereço de envio, número de telefone, e-mail, entre outros dados.
Por tudo isto, a Checkout.com destaca a importância do e-commerce utilizar portais de pagamento que estejam preparados para evitar fraudes online, dando o exemplo da sua solução de deteção de fraude Fraud Detection Pro, a qual economizou aos comerciantes mais de 1,95 bilião de dólares em possíveis perdas fraudulentas, em 2022.