Francisco Pinto Balsemão (1937-2025): figura central da democracia portuguesa, diz PR

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reagiu à morte de Francisco Pinto Balsemão com uma nota oficial em que sublinha a dimensão histórica e multifacetada da sua intervenção na vida política, mediática e cívica do país. Marcelo descreve Balsemão como “uma das personalidades mais marcantes dos últimos sessenta anos”, lembrando a sua atuação…
ebenhack/AP
Na reação à morte de Francisco Pinto Balsemão, o Presidente da República destacou o papel decisivo do fundador do Expresso e da SIC na construção da democracia, na liberdade de imprensa e na projeção internacional de Portugal ao longo das últimas seis décadas.
Líderes

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reagiu à morte de Francisco Pinto Balsemão com uma nota oficial em que sublinha a dimensão histórica e multifacetada da sua intervenção na vida política, mediática e cívica do país. Marcelo descreve Balsemão como “uma das personalidades mais marcantes dos últimos sessenta anos”, lembrando a sua atuação contínua “nos combates pela liberdade” desde a década de 1960 até aos dias de hoje.

Francisco Pinto Balsemão teve um percurso político determinante ainda antes do 25 de Abril, como deputado da Ala Liberal, envolvido em propostas estruturantes relacionadas com liberdade de imprensa, de reunião, de associação e liberdade religiosa. Após a revolução, foi um dos fundadores do Partido Popular Democrático (PPD-PSD), vice-presidente da Assembleia Constituinte, ministro de Estado e mais tarde primeiro-ministro, conduzindo a revisão constitucional que pôs termo ao Conselho da Revolução e consolidou a transição para uma democracia plena.

Paralelamente à atividade política, Balsemão foi um dos protagonistas da transformação do setor da comunicação social em Portugal. Fundou o semanário Expresso em 1973, ainda em plena ditadura, e mais tarde lançou a SIC, o primeiro canal privado de televisão no país. Marcelo Rebelo de Sousa recorda esse legado como decisivo na “afirmação da liberdade de expressão e de imprensa” e na criação de novos modelos de media independentes.

Na sua nota, o Presidente da República refere ainda a influência internacional de Balsemão, destacando a sua participação em instituições de natureza europeia e transatlântica, bem como o reconhecimento que conquistou em capitais como Bruxelas e Washington.

Marcelo Rebelo de Sousa termina com uma mensagem de memória histórica, afirmando que “Portugal não o esquece” e que a marca de Francisco Pinto Balsemão na democracia portuguesa permanecerá como parte integrante do seu património institucional e civilizacional.

Mais Artigos