A relação de Portugal com o dragão chinês é de longa data. Remonta ao tempo dos Descobrimentos. Jorge Álvares foi o primeiro português que chegou à China, em 1513; e Macau “nasce” anos depois, por volta de 1555. Estes dois marcos podem ser encarados como o ponto de partida dos dois países que hoje se revelam, tanto do ponto de vista financeiro como político, como bastante estreitos.
Na última década, as trocas comerciais entre Portugal e China mais do que duplicaram.
Longe do diferendo comercial desencadeado pelos EUA, Portugal tem na China um parceiro sólido. Na última década, as trocas comerciais entre os dois países mais do que duplicaram, atingindo hoje mais de 3 mil milhões de euros entre importações e exportações. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, Portugal exporta cada vez mais para a China (desde 2005 cresceu a um ritmo médio de 10% ao ano). Porém, esta dinâmica não chega para compensar, nem sequer travar, o enorme fosso que se cava na balança comercial de Portugal com o Império do Meio, que afunda rapidamente desde 2013 e que resultou num valor recorde de 1,7 mil milhões de euros no final do ano passado.
Na FORBES de Setembro, analisamos as relações comerciais entre o Império do Meio e Portugal dos últimos anos, cada vez mais frequentes – e desiguais.