Se deu, ou está a pensar dar, um passo em frente na sua relação e começar uma vida em conjunto com o seu parceiro, ou parceira, então o tema “dinheiro” deve fazer parte, se é que não faz já, dos vossos temas de conversa.
Este é um tópico que, frequentemente, se torna desconfortável e, por isso, é evitado. Infelizmente é também um dos principais temas que leva a separações, de uma forma geral.
É importante termos em consideração que as pessoas do casal não têm de ter a mesma forma de olhar para o dinheiro, nem os mesmos objetivos. No entanto, devem estar perfeitamente alinhadas nessas diferenças, caso elas existam.
A comunicação deve ser honesta e transparente de parte a parte e só assim se previnem discussões e dores de cabeça mais tarde. Neste tópico, um dos pontos mais habituais é relativamente às contas conjuntas, ou seja, contas bancárias no nome de ambas as pessoas do casal. Devem ou não existir?
Ficam aqui 3 modos de gerir este tópico: o primeiro é um categórico “não” a uma conta conjunta e cada pessoa mantém a sua conta individual. Neste caso, sempre que existe uma despesa conjunta, há um acerto de contas entre as duas pessoas e uma transferência de uma conta para a outra para fazer face a essa despesa.
Se forem despesas regulares como, por exemplo, a renda, uma das pessoas até pode ter uma transferência automática para a outra, e esta segunda tem a responsabilidade de fazer o pagamento para o senhorio.
O segundo método é o oposto, ou seja, existe apenas uma conta com dois titulares e todo o dinheiro é gerido em conjunto, seja em despesas comuns ou não.
Os dois ordenados são pagos na mesma conta e todas as despesas são pagas do mesmo sítio. Neste modelo, evitamos as várias transferências que teríamos de fazer no primeiro, mas surge um desafio novo, principalmente quando um dos membros do casal é mais gastador do que o outro.
Ao ter todo o dinheiro numa única conta, perde-se a noção sobre o que é de um e o que é do outro para as suas compras individuais. Talvez até seja esse o objetivo, mas é importante que os dois membros do casal estejam totalmente alinhados nessa forma, evitando assim situações de “gastar o dinheiro do outro”.
O terceiro, e último método, é um híbrido dos anteriores. Aqui cada um mantém a sua conta individual, onde recebe o seu vencimento, mas abrem uma conta conjunta onde cada um deposita a parte que lhe compete nas suas despesas comuns. Por exemplo, se as despesas comuns de renda, contas, supermercado, e outras, totalizam 1.000€ por mês, então no início do mês cada um transfere 500€, ou outro valor se assim o acordarem, para essa conta conjunta e é dela que são pagas todas estas despesas.
O restante valor permanece nas contas individuais e poderá ser utilizado como cada um desejar. A gestão de finanças em casal é um tema, por vezes, sensível, mas que tem de ser abordado abertamente, evitando assim males maiores. Dos três métodos apresentados aqui, nenhum é melhor que o outro. Compete a cada casal falar sobre eles e tomar a decisão que melhor lhes servir.