Não há quem destrone do topo da lista dos mais ricos as quatro mulheres herdeiras da fortuna do selfmade man, Américo Amorim, falecido em julho de 2017. O empresário esteve alguns anos presente na lista dos bilionários da Forbes International e a sua família continua a ser a única portuguesa presente, situando-se na posição 522, tem a sua fortuna avaliada em mais de 5,7 mil milhões de dólares (cerca de 5,3 mil milhões de euros).
Colocada na posição 522, a fortuna da família de Fernanda Amorim foi avaliada em 5,3 mil milhões de euros na lista de 2024 da Forbes International, agora divulgada.
A fortuna das quatro herdeiras de Américo Amorim não partiu do zero, uma vez que o empresário herdou um negócio familiar cuja raiz remonta a 1870, mas que engrandeceu ao longo dos anos. Na origem da sua fortuna esteve a Corticeira Amorim e Irmãos, fundada em Mozelos, Santa Maria da Feira, pelos nove filhos de António Alves Amorim, detentor de uma produção de rolhas de cortiça.
Atualmente a Corticeira Amorim tem uma capitalização bolsista de 1,33 mil milhões de euros. Com presença mundial e uma faturação que superou pela primeira vez os mil milhões de euros, o grupo é um importante ativo na mão do ramo familiar de Américo Amorim, e do seu irmão, António Ferreira Amorim. As ações da empresa estão a cotar atualmente a 8,9 euros.
Galp com capitalização bolsista de 11,3 mil milhões de euros
As herdeiras de Américo Amorim têm ainda uma importante fatia na Galp, a maior empresa portuguesa, avaliada pelo mercado em mais de 11,3 mil milhões de euros. Paula Amorim, a mais velha das três irmãs, é presidente do Conselho de Administração da Galp e a sua irmã Marta é membro não executivo do mesmo. Paula fundou ainda o Grupo Amorim Luxury, que detém a Fashion Clinic, e a JNcQoi, marca na área da restauração e hotelaria. Investiu ainda num projeto na Comporta, onde surgirá o primeiro hotel da família. O grupo chegou a ter uma parcela de 10% na Tom Ford, mas foi alienada, em 2022, à Estée Lauder por cerca de 250 milhões de euros.
Marta Amorim sucedeu, em 2020, à irmã Paula na liderança da holding familiar, a Amorim Holding II SGPS. Luísa, a mais nova, dedicou-se ao negócio dos vinhos, gerindo as propriedades familiares ligadas à viticultura, enologia e enoturismo. A Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, que lidera, tem vindo a tornar-se uma das referências na produção de vinhos no Douro. Apesar do desaparecimento do empresário fundador, a fortuna familiar não foi afetada, e pelo contrário continua a crescer, como se tem visto nas últimas avaliações da Forbes. Em outubro do ano passado, a avaliação da Forbes Portugal atribuía à família um valor de 4,8 mil milhões de euros.