Licenciada em Bioquímica, o percurso de Antonina Barbosa na área vinícola começou com uma proposta, no âmbito da investigação académica, para apurar moléculas ainda desconhecidas que dão aromas aos vinhos. Assim, surgiu o convite de trabalhar com a Falua, em 2004, altura em que este era, ainda, um universo marcado sobretudo pela presença masculina.
Na empresa, passou pelos mais variados setores desde ajudante do enólogo, ao laboratório, chegando a Diretora de Qualidade, a Diretora de Produção, tendo trabalhado também na adega, posteriormente transitou para Diretora de Enologia e, hoje, partilha a sua missão de enóloga com o cargo de Diretora-Geral.
Recentemente, o seu empreendedorismo levou o negócio a novas paragens, com entrada nos Vinhos Verdes, na sub-região de Monção e Melgaço. Aos 44 anos, Antonina Barbosa divide os seus dias entre as adegas de Almeirim e Monção, com o objetivo de produzir vinhos premium e fazer crescer, com prestígio, o negócio de vinhos em Portugal, nesta empresa com mais de 25 anos de história no mercado nacional e internacional.
Que idade tem e de onde é natural? Como é que surgiu a sua ligação ao mundo dos vinhos?
Antonina Barbosa (AB): Nasci em 1977 em Monção, uma terra profundamente ligada à cultura do vinho e numa família onde essa cultura sempre fez parte do nosso dia-a-dia. Cresci no meio de vinhas e vindimas e em minha casa também se fazia vinho. Mas, na altura, não ligava muito, talvez por estar muito próxima, e deixava para os “homens da casa”. Mas as nossas raízes e as nossas vivências contam muito e a verdade é que hoje me sinto totalmente ligada à terra, à vinha e ao vinho. Precisei de viver outras experiências para perceber o quão forte e profunda esta ligação é.
Após licenciatura em Bioquímica na Faculdade de Ciências do Porto, fui convidada para trabalhar num projeto de Investigação na área dos vinhos pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica, onde permaneci de 2000 a 2004. Durante esse período mergulhei completamente no estudo da ciência enológica, imprescindível ao desenvolvimento do meu trabalho, criando laços muito fortes com a Enologia. Quando surgiu a primeira edição da pós-graduação em Enologia na Universidade Católica, em 2002, decidi realizá-la, pois, queria aprofundar mais os meus conhecimentos em áreas mais práticas da enologia, fazendo também mais tarde, já a trabalhar na Falua, o Mestrado em Enologia.
Em 2004 surge o convite para ir trabalhar para o Grupo João Portugal Ramos, primeiro apenas na Falua e, a partir de 2010, também no projeto dos Vinhos Verdes que o grupo desenvolveu nessa região. Mantive a responsabilidade dos dois projetos, Falua e Vinhos Verdes, até 2019, ano em que deixei o Grupo João Portugal Ramos para assumir a Direção-Geral do Grupo de Vinhos que o Grupo Roullier (detentor da Falua desde 2017) está a desenvolver em Portugal.
Como mulher, como foi a sua integração no mundo dos enólogos?
AB: Muito bem, acho que muito influenciada por sempre me recusar a pensar nesse tema. Quando comecei eramos muito menos mulheres no mundo dos vinhos, hoje a situação é muito diferente. Sempre acreditei, e acredito, que contam a capacidade e competência de cada um, para estar em determinado lugar, independentemente de se ser homem ou mulher. E assim tenho feito o meu percurso, agarrando os projetos em que acredito com convicção, dedicação, paixão e profissionalismo.
“Acredito, que contam a capacidade e competência de cada um, para estar em determinado lugar, independentemente de se ser homem ou mulher”.
Começou por trabalhar com a Falua, em 2004. O facto de conseguir apurar moléculas ainda desconhecidas que dão aromas aos vinhos, permitiu-lhe ajudar a colocar no mercado que vinhos “especiais”, do ponto de vista do aroma? Que especificidades tinham desse ponto de vista (do aroma) esses vinhos?
AB: Diria que o fato de ter começado a trabalhar como investigadora na área dos aromas dos vinhos, levou-me a ser muito mais exigente e atenta aos aromas que encontramos nos vinhos. Perceber a origem dos aromas é uma ferramenta muito importante, pois podemos, por exemplo, evitar de forma natural o aparecimento de aromas que caraterizam alguns defeitos sensoriais dos vinhos.
O perfume de um vinho é muito complexo e ainda hoje me fascina, pois existem muitas variáveis, e a química é apenas uma delas. Para verdadeiramente o entendermos temos de conhecer profundamente e compreender muito bem o terroir de origem, as características do solo, das castas, do clima, mas também toda a História relacionada com a vinha. E depois sabermos na adega respeitar tudo isso, produzindo vinhos genuínos e com identidade, com aromas que nos transportem até à sua origem. E isto, quando acontece, é espetacular.
Apesar de ser Diretora-Geral, ainda atua como Enóloga. Como Enóloga trabalha na Falua, mas também em mais casas? Quais?
AB: Neste momento estou focada apenas na Falua, onde continuo a exercer a Direção de Enologia. Temos os nossos grandes projetos no Tejo e nos Vinhos Verdes, mas também trabalhamos com vinhos de outras regiões como o Dão e o Douro para exportação.
Qual destes dois cargos (Diretora-Geral ou Enóloga) considera mais exigente?
AB: Ambos são muito exigentes, se forem avaliados de forma independente. Obviamente que sou Enóloga há quase 20 anos e a função de Diretora-Geral é mais recente, e isso faz muita diferença no tempo que hoje dedico a cada uma. A Direção-Geral engloba todas as áreas do negócio e para ser bem-sucedida, requer muito conhecimento das mesmas e do negócio em si, dedicação, rigor e muita ambição. O fato de ter passado por várias áreas, sempre a par da Enologia, foi fundamental neste percurso.
Atualmente, a Falua produz que vinhos?
AB: Neste momento a Falua produz vinhos no Tejo e na Região dos Vinhos Verdes. Vinhos que revelam a essência do lugar, das castas, das pessoas e da paixão pela natureza que caracteriza toda a equipa da Falua.
A Falua, adquirida pela VITAS que é uma filial em Portugal do Grupo francês Roullier.
A Falua, uma das empresas da filial VITAS que pertence ao Grupo francês Roullier, adquiriu a Quinta do Hospital, em Monção. Desta Quinta do Hospital, em Monção, estão a sair duas marcas novas: Barão do Hospital Alvarinho e Barão do Hospital Loureiro. São ambos vinhos verdes? O que caracteriza cada uma delas?
AB: São ambos Vinhos Verdes. O Alvarinho, casta icónica da região, é um embaixador exclusivo da sub-região de Monção e Melgaço, representando na sua plenitude a excelência do Terroir de Origem. O Loureiro, casta rainha da região, é uma viagem à região dos Vinhos Verdes, uma vez que o lote é feito com Loureiros de quatro sub-regiões diferentes. O objetivo foi criar vinhos de grande qualidade, com carácter, com alma, que retratassem de forma séria a casta e a sua origem.
O que pretendem alcançar com estas duas novas marcas e com esta compra na Região dos Vinhos Verdes?
AB: Este investimento destina-se não só a recuperar um importante legado histórico da Região, uma vez que estamos perante uma propriedade cuja construção nos remete para os primeiros tempos da nacionalidade portuguesa, mas também a reforçar o papel do Vinho Verde enquanto agente de afirmação do território. A sub-Região de Monção e Melgaço, conhecida como o berço da casta Alvarinho e associada à produção de vinhos brancos de qualidade superior, reflete bem o objetivo da Falua em fazer crescer, com prestígio, o negócio de vinhos em Portugal.
Já tinham alguma marca ou produção de vinho verde?
AB: Neste momento não. Tivemos no passado apenas para a exportação.
A primeira produção Barão do Hospital, de Vinho Verde, a partir das vinhas desta Quinta do Hospital já saiu: quantas garrafas foram produzidas? E a produção do Barão do Hospital Loureiro também já está no mercado? Qual o volume de produção que foi conseguido? Que posicionamento em termos de preços tem cada um destes dois vossos novos vinhos?
AB: No total foram produzidas 56 mil garrafas de dois vinhos: 19 mil garrafas do Barão do Hospital Alvarinho 2020 e 37 mil garrafas do Barão do Hospital Loureiro 2020. Os dois vinhos já se encontram no mercado para serem apreciados. Barão do Hospital Alvarinho 2020 tem um preço recomendado de 14.99€ e o Barão do Hospital Loureiro 2020 de 8.49€.
Estas duas marcas são para vender ao consumidor ou no canal HORECA? Qual destes canais terá maior preponderância?
AB: Estamos a trabalhar os dois canais ao mesmo tempo, mas de forma diferente. O canal HORECA é muito importante para darmos a conhecer ao consumidor final, e ao mercado no geral, os nossos novos vinhos e consolidar a nossa marca. Mas temos também de estar bem posicionados no mercado para que o consumidor consiga beber e apreciar os nossos vinhos em casa, sempre que o desejarem.
Os novos vinhos verdes que irão sair como “Barão do Hospital” terão como destino Portugal ou a exportação? Como pensam promover estas vossas novas produções junto do mercado, português e estrangeiro?
AB: O destino são todos os mercados a que conseguimos chegar. Portugal é muito importante para nós, até porque é a nossa casa, mas o mercado de exportação tem um potencial enorme e muito diverso, crucial para podermos alcançar os nossos objetivos atuais e futuros. Estamos, neste momento, muito focados na criação, comunicação, e consolidação das nossas marcas e a reorganizar toda a nossa estrutura, nomeadamente a comercial, de forma a garantirmos uma presença significativa e forte dos nossos vinhos a nível global.
“O mercado de exportação tem um potencial enorme e muito diverso, crucial para podermos alcançar os nossos objetivos atuais e futuros”
A Falua tem vinhas na Região do Tejo (onde começou) e no Minho (para onde se expandiu). Quais os hectares que têm na Região do Tejo e no Minho?
AB: Na região do Tejo contamos com 100 hectares de vinhas próprias e 200 hectares de agricultores que acompanha há muitos anos. A icónica vinha da Falua no Tejo, a Vinha do Convento, localiza-se na zona da Charneca, tratando-se de uma improvável extensão de calhau rolado no alto de uma suave colina, muito longe do Tejo. A verdade é que, em termos geológicos, esta elevação fez parte do leito do rio Tejo, há mais de 400.000 anos, e que desde então os seixos ali permaneceram. Nesta vinha com 45 hectares desenvolvem-se as castas Arinto, Fernão Pires, Chardonnay, Castelão, Touriga Nacional, Aragonez, Trincadeira, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet. Temos também nas outras vinhas, além destas mesmas castas, Verdelho, Syrah, Petit verdot, Touriga Franca.
Já na Região dos Vinhos Verdes é onde está o nosso mais recente projeto: a Quinta do Hospital, localizada em Monção. É uma propriedade com uma área total de 25 hectares, dos quais 10 são já dedicados em exclusivo à casta Alvarinho.
Em plena sub-Região de Monção e Melgaço, a Quinta do Hospital desenha-se numa propriedade totalmente murada com uma casa senhorial – o Solar do Hospital – que remonta ao século XII, período da História em que D. Teresa terá doado as terras à Ordem Hospitalária de São João de Jerusalém ou Ordem do Hospital, para que os Hospitalários se instalassem no Condado Portucalense. Na Idade Média, os hospitais eram espaços criados dentro do espírito cristão de auxílio ao próximo, destinados a acolher e dar “hospitalidade” a viajantes e peregrinos, o que contribuiu para que a Quinta se transformasse num local de apoio “hospitalar/hospitaleiro” aos peregrinos que se dirigiam para Santiago de Compostela.
Na região do Tejo, que vinhos produzem?
AB: Nesta região destacam-se duas marcas: Conde de Vimioso e Falua. Nos vinhos da gama Conde de Vimioso, marca que comemorou 20 anos em 2020, sempre privilegiamos vinhos de lote, com várias castas e estágio em barrica. Ou seja, que representam a diversidade de um terroir. Cumprindo a tradição portuguesa de vinhos únicos e distintos, que se afirmam pela qualidade e pelo carácter, a gama Conde Vimioso é a chancela com legado histórico, cujos vinhos assumem uma identidade própria.
Quando pensamos no relançamento dos vinhos da marca Falua quisemos ir mais longe e dar a conhecer melhor determinadas castas naquele terroir específico, anulando para isso qualquer contato com a madeira. Repletos de história e com o arrojo da descoberta, os vinhos da Gama Falua dividem-se em duas gamas diferenciadoras: Falua Duas Castas desvenda vinhos criados a partir de lotes de duas castas e Falua Reserva Unoaked, uma opção distinta para dar a conhecer a excelência natural das castas, sublinhando a pureza do terroir único da Vinha do Convento da Serra.
“Em 2020 lançamos um topo de gama que representa o início de uma nova etapa da Falua: Conde de Vimioso Vinha do Convento Tinto”
Em 2020 lançamos um topo de gama que representa o início de uma nova etapa da Falua: Conde de Vimioso Vinha do Convento Tinto. Este vinho conta a história um terroir único, o trabalho de quase 25 anos dedicado a uma vinha muito especial e o seu profundo conhecimento e a dedicação de muitas pessoas ao longo dos anos. Sou uma pessoa muito emocional e o que mais procurei na criação deste vinho foi isso mesmo: um vinho que nos criasse emoções fortes e profundas e que nos levasse precisamente para a essência daquele lugar mágico.
No final de 2021, em novembro, lançamos o Conde de Vimioso Vinha do Convento Branco 2019.
No portefólio do negócio da Falua, qual é o “vinho-estrela” da empresa (entre todos, qual o que proporciona mais rendimento à empresa e/ou o que vende mais)?
AB: O Vinho estrela da Falua neste momento é o Conde de Vimioso Vinha do Convento Tinto 2017. Desde o lançamento no ano passado que tem recebido os mais prestigiados reconhecimentos nacionais e internacionais, sendo neste momento o vinho mais bem pontuado da região e considerado um dos grandes vinhos do nosso país. Mas isto refere-se a notoriedade. Quando falamos em rendimento ou número de garrafas vendidas é difícil eleger um vinho, pois temos várias estrelas em países diferentes. Em Portugal, diria que a Gama Conde de Vimioso Somellier Edition foi uma aposta bem-sucedida, com crescimentos anuais de vendas muito interessantes e consistentes.
Com o novo negócio em Monção, os vinhos feitos nesta região poderão passar a ser os mais vendidos para a empresa ou esse cenário não é previsível que venha a ocorrer?
AB: Temos objetivos de crescimento bem definidos em ambas as regiões.
A pandemia afetou o vosso negócio ou não sentiram nenhum efeito no volume de vendas?
AB: A pandemia afetou todo o setor e nós não somos exceção. Fomos mais afetados nos países onde temos uma presença mais forte no canal Horeca, como por exemplo em Portugal, mas também vimos os nossos objetivos de expansão para novos mercados de repente ameaçados, uma vez que as viagens deixaram de ser possíveis. Mas fomos resilientes, audazes e muito determinados na procura de novos caminhos, caminhos alternativos, que nos conduziram a bons resultados, com crescimento.
Neste momento, há planos para fazerem mais aquisições (nesta ou noutras áreas do país)?
AB: O objetivo do Grupo Roullier é criar uma empresa de vinhos de referência em Portugal e, como tal, está atento a novos projetos que aportem a qualidade e diferenciação pretendida.
Alentejo e Douro são cenários possíveis para a Falua vir a estar presente com uma oferta de vinhos? Teremos novidades em 2022 para o Alentejo e Douro em termos de Falua?
AB: Sendo duas grandes regiões vitivinícolas do nosso país é claro que são cenários possíveis.
Qual é a estratégia de desenvolvimento e crescimento da atividade que a Falua pretende seguir, nos próximos anos?
AB: Queremos crescer muito, com muita qualidade e com a responsabilidade social, económica e ambiental que nos carateriza.
Aumentar a área de vinha nos vinhos Verdes (com plantação de 10 ha de Loureiro a acontecer já no primeiro semestre de 2022) e a área de vinha no Tejo (adquirimos em 2020 mais 30ha de terra) é um objetivo já em curso e importante na dinâmica estratégica da Falua. Só assim poderemos garantir um crescimento assente na excelência que definimos como único caminho. Mas o investimento será muito mais ambicioso e a pensar na construção de um futuro diferente: será alargado à inovação, ao Marketing/Comunicação, à comercialização, a novas tecnologias, à sustentabilidade e, claro, teremos um grande investimento em capital humano.
“Aumentar a área de vinha nos vinhos verdes e a área de vinha no Tejo é um objetivo já em curso”
O alargamento do negócio dos vinhos da Falua a outras regiões, trazendo para o Grupo projetos diferenciadores e de grande qualidade, é outra estratégia a seguir nos próximos anos.
O investimento do Grupo Roullier em Portugal tem sido grande e contínuo e existem planos para continuar. É algo que nos enche de orgulho, pois significa que acredita no potencial do nosso País e da Falua para fazer nascer e crescer o grupo de vinhos dentro grupo.
De forma geral teremos uma estratégia global de continuar a criar e desenvolver projetos que celebram a diferenciação e a excelência!
Quando é que preveem lançar novas marcas? Em 2022? Pode dar-nos uma ideia que tipo de marca será?
AB: Temos vários projetos em desenvolvimento quer no mercado nacional, quer para exportação. Posso dizer, por exemplo, que alargaremos a Gama Barão do Hospital com mais uma referência, com posicionamento acima das já existentes. Também no Tejo a Marca Falua ganhará um novo membro.
“Alargaremos a Gama Barão do Hospital com mais uma referência, com posicionamento acima das já existentes. Também no Tejo a Marca Falua ganhará um novo membro”
O mercado de exportação representa que percentagem do volume de produção?
AB: Neste momento representa cerca de 80%.
Em termos de mercado de exportação, quais os países que são mais fortes para a Falua?
AB: Inglaterra e Polónia são já dois mercados históricos muito fortes para a Falua, mas estamos presentes em mais de 20 países (entre eles Brasil, China, Estados Unidos, Canadá, Holanda, Dinamarca, Colômbia, Angola, etc.).
“O alargamento do negócio dos vinhos da Falua a outras regiões, trazendo para o Grupo projetos diferenciadores e de grande qualidade, é outra estratégia a seguir nos próximos anos”
Há algum novo país/mercado em que pensem entrar?
AB: O nosso foco é continuar a crescer de forma sustentada onde já estamos presentes e continuar a descobrir novos mercados em todos os continentes. Existem sempre novos países/mercados no nosso pensamento e raio de ação.
Para alguém que não conheça os vossos vinhos, qual seria o vinho que aconselharia a começar por experimentar? E porquê?
AB: Não é fácil. Ajudaria conhecer a pessoa em questão e o momento escolhido de consumo, pois são fatores que fazem a diferença quando provamos um vinho. Mas sou tentada a escolher o Barão do Hospital Alvarinho e o Conde de Vimioso Reserva tinto. O Barão do Hospital Alvarinho é um vinho que retrata muito bem a excelência da Sub-região de Monção e Melgaço na produção de vinhos brancos de topo e o Conde de Vimioso Reserva tinto porque conta a História da nossa icónica vinha do Convento ao longo dos últimos 20 anos (a sua primeira edição foi em 2000).