A GoodHabitz, especialista em formação e-learning, realizou um estudo sobre o desenvolvimento pessoal no contexto laboral que visa compreender as três principais tendências globais que estão a moldar o mercado de trabalho. Os resultados demonstram a importância que o desenvolvimento pessoal assume no atual contexto laboral moldado por uma mutação constante e pela necessidade de adaptação das organizações.
O estudo global, baseado no inquérito realizado a 24.235 colaboradores, revela que a nova geração de profissionais está bastante orientada para o desenvolvimento pessoal, “no entanto, existe uma lacuna entre esta vontade e o panorama atual do mercado de trabalho, uma vez que quatro em cada dez profissionais não têm nenhum plano de desenvolvimento pessoal”, refere a GoodHabitz.
No que diz respeito à falta de oportunidades de formação, 84% dos inquiridos considera que este é um dos motivos que os levaria a abandonar a sua empresa atual. No caso português estes valores atingem os 89%. “Estes resultados demonstram que a existência destes benefícios nas empresas já não é opcional, ainda assim apenas cerca de metade dos profissionais sente que é incentivada pela liderança a adquirir novas competências”, salientam os autores do estudo.
Enquanto 61% dos profissionais sente a necessidade de se requalificar tendo em vista o progresso no seu percurso profissional, apenas um terço (32%) declarou ter acesso ao plano de carreira desenhado para si pela entidade empregadora.
O mesmo estudo realça que as três principais competências e condições que assumirão maior importância no futuro são as competências digitais, com 46%, seguidas pela produtividade, com 45%, e do bem-estar e saúde mental, que atingiram os 42% dos resultados.
Para além disto, os inquiridos com idades inferiores a 35 anos, consideram que a condição que ganhará mais importância no futuro será o bem-estar e a saúde mental (42%); já os inquiridos com idades compreendidas entre os 35 e os 49 anos consideram que é a produtividade (45%). À mesma pergunta, os inquiridos com 50 e mais anos, responderam que a condição que ganhará maior importância futura será a aquisição de competências digitais.
Apesar destes resultados, todas as faixas etárias mencionaram que a condição na qual mais desejam focar-se no futuro próximo é o bem-estar e saúde mental, com resultados entre os 35% e os 37%.
Outras hipóteses mencionadas foram as competências de gestão e liderança (com 33% dos votos dos inquiridos com idades inferiores a 35 anos) e as competências digitais (com valores entre os 33% e os 36% nos colaboradores com mais de 35 anos), sendo que 49% dos membros da faixa etária dos 50 e mais anos consideram que não têm literacia digital suficiente para desempenhar as suas funções atuais de forma satisfatória.
“Um dos resultados que melhor demonstra a alteração do paradigma laboral prende-se com o facto de 80% dos profissionais desejar que o seu trabalho se torne mais digital no período dos próximos dois anos. Atualmente pouco mais de metade da força de trabalho (54%) trabalha total ou parcialmente à distância”, declara a GoodHabitz.