Faleceu hoje, aos 55 anos, vítima de doença prolongada, a jurista e ativista portuguesa, Catarina Albuquerque, que assumiu um papel de relevância ao liderar a Sanitation and Water for All, iniciativa das Nações Unidas. A executiva integrava a lista das portuguesas Mais Poderosas nos Negócios da revista Forbes Portugal.
O presidente da república, Marcelo Rebelo de Sousa, emitiu uma nota de pesar em que afirma que foi com muito pesar que tomou conhecimento da partida prematura da executiva portuguesa que teve um papel muito relevante, a nível nacional e internacional, para a promoção dos Direitos Humanos e do desenvolvimento sustentável. Em 2009, recebeu a Medalha de Ouro dos Direitos Humanos atribuída pela Assembleia da República Portuguesa e foi também reconhecida com a Ordem de Mérito pelo Presidente da República Portuguesa.
No seu comunicado, Marcelo Rebelo de Sousa expressa à família e aos amigos as mais sinceras condolências por esta irreparável perda.
Anteriormente, em 2008, Catarina tornou-se Primeira Relatora Especial da ONU para os Direitos Humanos à Água e ao Saneamento, função que manteve até 2014, quando se tornou diretora executiva da mesma organização. Revelou então que a sua maior ambição seria que em 2030 não existisse alguém à face da Terra sem acesso a água e saneamento de qualidade e com dignidade.
Mestre em Direito Internacional, formação frequentada no Institut Universitaire de Hautes Etudes Internationales, Catarina Albuquerque foi consultora jurídica no Gabinete de Documentação e Direito Comparado logo após concluir a sua licenciatura em Direito. Além disso lecionou como Professora Convidada nas Faculdades de Direito das Universidade do Minho e na Universidade de Coimbra. A universidade da Carolina do Norte concedeu-lhe um Doutoramento Honoris Causa. Foi ainda presidente do conselho da Faculdade Nova School of Law.
No seu comunicado, Marcelo Rebelo de Sousa expressa à família e aos amigos as mais sinceras condolências por esta irreparável perda.
