O setor de frutas, legumes e flores continua a conquistar o mercado internacional. De acordo com os dados do INE, divulgados pela Portugal Fresh – Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal, até setembro, as vendas no mercado externo ascenderam a 1.653 milhões de euros, o que significa um crescimento de 10%. Para este desempenho, a categoria das hortícolas foram produtos com maior crescimento, de 32%, para 372 milhões de euros.
Ainda com base nos dados do INE, compilados pela Portugal Fresh, as exportações de fruta – a categoria de produto mais vendida nos mercados internacionais –, somaram perto de 695 milhões de euros, um crescimento de 1%.
Face a estes dados, a Portugal Fresh assume que as exportações de frutas, legumes e flores vão atingir os 2200 milhões de euros em 2023. Para continuar a crescer além-fronteiras, a associação sublinha que, em 2024, vão estar no terreno “as missões empresariais e ações de prospeção, que têm como foco os mercados dos Estados Unidos, Chile, Índia e Polónia (neste caso, em 2025). A Portugal Fresh irá também marcar presença na Fruit Logistica (2024 e 2025) e na IPM Essen (2024 e 2025), ambas na Alemanha), feiras que funcionam como plataforma de negociação com os 136 países para onde são exportados os produtos portugueses”.
Isto porque, para o período 2023-2025, a associação tem em curso um Projeto Conjunto de Internacionalização que prevê a realização de missões empresariais e ações de prospeção em quatro novos mercados, a participação em seis feiras internacionais, e iniciativas de promoção para acelerar a presença internacional do setor.
E lembra que o objetivo da Portugal Fresh “é reforçar a competitividade das empresas nos mercados internacionais e atingir os 2500 milhões de euros de exportações de frutas, legumes e flores em 2030”.
O presidente da Portugal Fresh, Gonçalo Santos Andrade, realça que “as exportações entre janeiro e setembro refletem mais de uma década de investimento em promoção internacional, em inovação, tecnologia e sustentabilidade. Mas para manter o bom ritmo de exportação, é preciso estratégia política de investimento em reformas estruturais”. Gonçalo Santos Andrade reitera “a necessidade urgente de apostar nos recursos hídricos, promovendo uma gestão adequada da água. Sem esta prioridade, dificilmente conseguimos superar metas e ganhar maior competitividade”.