O Primeiro-Ministro e o Presidente da República visitaram na última sexta-feira, vários projetos que estão a ser desenvolvidos no âmbito da iniciativa “PRR em Movimento”, destinada a mostrar o que está a ser feito com os fundos do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).
Entre a apresentação dos Consórcios de Inovação da Rede Nacional de Test Beds na Universidade de Aveiro, a visita das obras do Centro Multivalências da Associação Social Cultural Recreativa e Desportiva de Vinhal, em Tondela, e das obras do Bairro da Cadeia, em Viseu, e a ida à fábrica da Stellantis, em Mangualde, no distrito de Viseu, para a apresentação da Agenda Mobilizadora GreenAuto, houve várias declarações que António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa produziram sobre a execução do PRR que funcionaram como “alertas à navegação”.
O alerta maior tem a ver com os prazos para evitar que Portugal deixe escapar fundos.
“O tempo é limitado; vamos acelerar o que se puder acelerar”, salientou Marcelo Rebelo de Sousa usando mesmo a expressão “corrida contra o relógio” para definir a missão que o país tem pela frente.
“Isto é uma corrida contra o relógio. Há um prazo, que termina no final de 2026. Pode acontecer que haja prolongamento, ou não, depende da Comissão Europeia, mas não devemos contar com isso”, diz Marcelo.
A mesma ideia foi salientada por António Costa, segundo o qual “há um cronómetro que está a contar e todos os projetos têm de estar concluídos até 31 de dezembro de 2026″. E essa data é “já quase depois de amanhã”.
O Presidente da República salienta que os fundos europeus têm dois objetivos: “Primeiro, apoiar aquilo que são agendas mobilizadores de futuro; estar na primeira linha do futuro. E do outro lado, acelerar a resolução dos problemas sociais de quem ficou para trás”.
Transparência e rapidez
O Chefe de Estado disse ser ainda importante que tudo seja feito com transparência e que se procure uma rápida concretização dos projetos, pois isso permitirá garantir execuções mais baratadas, dada a subida dos custos de produção “e que não sabemos se podem subir mais ou não”.
“A função que tenho assumido é de ser catalisador positivo; um elemento que está alerta e chama a atenção para aquilo que entende em cada momento que pode ser o despertar a atenção para um desafio que é único”, refere Marcelo.
Afirmando conhecer as dificuldades “que temos” e perceber as dificuldades “que houve”, o Chefe de Estado diz, porém, que a sua função “é o meu coração não ficar mole por isso”.
Em jeito de resposta, António Costa diz que é “fundamental ter o Presidente da República alerta e que o país esteja todo mobilizado”. O chefe do governo acrescenta que o país tem que “manter este ritmo” e “até agora, estamos a cumprir”, com Portugal a ser, até à data, o quinto país mais avançado entre os 27 na execução dos PRR.