Com apenas 29 anos, Pedro Teixeira da Mota é uma referência inquestionável no humor português. O seu primeiro espetáculo a solo, “Impasse”, esgotou três sessões no Tivoli BBVA e conta com quase três milhões de visualizações no Youtube. Já com o seu segundo projeto a solo, “Caramel Macchiato”, Pedro esgotou três sessões no Coliseu dos Recreios e quase 60 sessões, pelo resto do país. Recentemente, e com Carlos Coutinho Vilhena, “Conversas de Miguel”, esgotou quatro sessões completas no Campo Pequeno e três na Superbock Arena.
Mas o seu sucesso em território nacional não se limita apenas aos palcos: Pedro é, também, o criador de Ask.tm, o podcast independente com mais ouvintes em Portugal. Agora, Ask.tm evoluiu para watch.tm – um dos primeiros podcasts portugueses, desta escala, em formato vídeo.
Numa entrevista exclusiva à FORBES, o humorista conta-nos como tudo começou: da transição que fez da Gestão para a Comédia, o seu primeiro sucesso com Bumerangue, a seleção criteriosa com que escolhe os seus projetos, a ligação empática com o público e a abordagem autêntica que tem quanto às parcerias e anúncios que escolhe fazer. Falámos sobre a importância de estruturar e planear antecipadamente vários dos passos dados pelo artista. Em primeira mão, Pedro revelou à FORBES que um novo espetáculo a solo está a caminho – estando previsto o lançamento ainda para este ano.
Pedro, lançaste agora o watch.tm, disponível em áudio e vídeo, que acaba por ser um rebranding – ou até um upgrade do ask.tm. Mas a tua carreira como comediante começou quando estavas no teu terceiro ano de Gestão, na Universidade Católica. Antes de mais, porquê Gestão? Mais, foi difícil conciliar os teus estudos com o que era o início de uma carreira em comédia?
Pedro Teixeira da Mota (PTM): Exatamente. Lembro-me que quando tive de tomar a decisão sobre que licenciatura escolher, pensei em todos os ‘clássicos’, como Arquitetura, Direito, Gestão, etc. Apesar de não gostar particularmente de nenhumas das possibilidades, a de ser Gestor, de empresas, por exemplo, foi a que mais me apelou. Comecei o curso, em 2012, mas já na reta final tinha uma ‘carreira’ em comédia que estava prestes a começar. Sinto que não foi muito difícil conciliar os estudos com o trabalho. Contudo o meu interesse no curso foi diminuindo. Mesmo assim, e em grande parte devido à insistência dos meus pais, decidi concluir a licenciatura visto estar tão perto de o fazer.
Comecei o curso, em 2012, mas já na reta final tinha uma ‘carreira’ em comédia que estava prestes a começar.
PTM: Esse último ano de universidade já estava a coincidir com o Bumerangue (um projeto a meias com Carlos Coutinho Vilhena, Manuel Cardoso e Guilherme Geirinhas, de sketches que eram publicados no Youtube) isto tanto na internet como depois em atuações. Acabei por estudar e trabalhar, em simultâneo, e a abrir as tours do Luís Franco-Bastos.
Uma fase que decerto foi complicada e exigiu de ti uma enorme organização. Sentes que, hoje em dia, ainda usas ‘conhecimentos’ que foram adquiridos com o teu curso?
PTM: Sim, e em várias dimensões da minha vida. Mas mais na maneira como estruturo alguns dos pensamentos que tenho, na minha metodologia e na minha forma de trabalhar. Em comédia, como em várias outras áreas criativas, existe uma componente muito forte de organização, quase formatada, que é essencial para se ter sucesso. Noto que ainda hoje a comédia é levada pouco a sério por vários, não só por ser uma vertente da indústria do entretenimento, mas também porque acham que ‘só conto piadas’. A verdade é que ter objetivos bem traçados e ter uma estrutura organizacional sólida, é fundamental para fazer o que faço. Aliás, num dos meus mais recentes episódios do watch.tm, falei precisamente desse meu lado: se eu ganhasse a lotaria, a primeira coisa que fazia era ir para casa, organizar a forma como seria gasto esse dinheiro. É provável que esta vertente seja fruto do que aprendi e fiz durante o meu curso de Gestão.
A verdade é que ter objetivos bem traçados e ter uma estrutura organizacional sólida, é fundamental para fazer o que faço.
PTM: Claro que também gosto de ser organizado – porque sempre o fui e porque gosto de escrever e anotar o que vou fazendo durante o ano, de forma rigorosa – mas sei que muito disso se deve ao meu curso.
Mencionaste o Bumerangue, que rapidamente se tornou num projeto de enorme sucesso, que mais tarde foi comprado pela SIC Radical. O que consideras o ‘segredo’ para esse êxito que vocês tiveram?
PTM: Acho que um dos segredos para o nosso sucesso foi o não nos conhecermos e o ter sido o interesse profissional que nos juntou. Não foi porque erámos amigos anteriormente, foi por gostarmos do trabalho uns dos outros online, no Vine, onde publicávamos sketches nossos individuais. Lembro-me que nos reuníamos e pensávamos, juntos, no que íamos fazer a seguir. O foco era profissional – não procrastinávamos muito.
E quem te conhece e segue o teu trabalho, sabe que escolhes com cuidado os projetos que aceitas fazer – não só os que são ‘desenhados’ por ti, mas também nas parcerias e afins.
PTM: Sim, e acho que aprendi a ter esse mindset com as pessoas com que me rodeio, especialmente os artistas da Bridgetown (agência responsável pela gestão da carreira de vários talentos). Quando me é apresentada uma oportunidade, penso sobre o assunto também em termos económicos e não aceito propostas baseando-me só na exposição que me dá. Trabalhos não remunerados, em que a minha presença poderá ajudar ao crescimento das empresas que me sugerem parcerias, fazem pouco sentido.
Acaba por ser uma estratégia que te ajuda a manter um certo ‘nível’ – um tom – que solidifica o teu branding e exige um certo nível de qualidade.
PTM: Claro. No início da minha carreira aceitei trabalhos em que não era pago, mas rapidamente tentei acabar com isso. Com o Bumerangue percebemos que podíamos ser nós a organizar os nossos próprios eventos e a faturar, sem ter de esperar por convites ou recorrer a outros meios que não os nossos. Sabíamos que se tivéssemos uma outra equipa a ajudar-nos receberíamos muito menos do que se fôssemos só nós a planear tudo. Fomos nós que fizemos os cartazes, a promoção, fomos nós que alugámos espaços, organizámos a venda de bilhetes, etc. Um esforço enorme, mas um esforço que nos garantiu controlo e autonomia económica, por evitarmos os middlemen.
E fazê-lo de uma forma que reflete um bom entendimento do mercado e do teu posicionamento nele. Tens a capacidade de pensar em investimentos com ganhos imediatos, mas também em ‘investimentos’ com retornos mais tardios, que não económicos. Como por exemplo a vossa venda de episódios da Bumerangue à SIC Radical.
PTM: Sim, pouca gente sabe que os nossos sketches da Bumerangue foram vendidos à SIC Radical por zero euros. Que foi um exemplo de um investimento feito por nós, juntos, em que não tivemos nenhuns ganhos económicos. Mas foi uma estratégia que nos fazia sentido. Passar de uma app para um meio de comunicação ‘tradicional’ – e para um canal com boa exposição em 2014/2015 – foi a decisão certa. Também não gravámos uma temporada de propósito para o canal. Foi comprada a primeira temporada dos nossos sketches quando nós já tínhamos lançado a segunda. Fez sentido o ‘investimento sem lucro’ em nós próprios, porque assim entrámos, diretamente, noutro patamar. O que nos deu mais poder de negociação noutros projetos também.
E foi, de certa maneira, uma maneira de chegar a um público diferente e de solidificarem a vossa imagem como comediantes.
PTM: Sim. Por mais que consigamos encher espetáculos pela nossa presença na internet, ter estado na televisão constituiu uma validação diferente do nosso trabalho. Não quer isto dizer que esse seja o meu objetivo. Já fui convidado a aparecer em programas, como o Dança com as Estrelas, e achei que devia recusar.
Mas não te custa recusar trabalhos que não se alinhem bem com o plano que tens traçado para a tua carreira?
PTM: Acho que há muitos ‘nãos’ que são difíceis de dar, mas que depois vemos que valeram a pena. Sou bom observador do que se passa à minha volta e lá fora, e até hoje não me arrependo de ter recusado nenhum dos trabalhos a que disse ‘não’. Também presto atenção aos moves de artistas, celebridades, influencers, etc. Vejo o que estão a fazer e como o fazem, e noto também como certas coisas/decisões são recebidas pelo público.
Consegues pensar muito a longo prazo e não te deixar perder por ganhos imediatos, o que acaba por ser mais sustentável. Mas é interessante porque tens uma presença digital enorme, mas continuas a ter interesse em media tradicionais. Estou a pensar, por exemplo, na tua participação no MasterChef, com o Chef Henrique Sá Pessoa. Conseguiste aí criar um equilíbrio entre estes dois mundos, que se complementam, mas que continuam a ser distintos. Como é que decides no que aceitas participar?
PTM: Penso muito nos que acompanham o meu trabalho. Claro que onde eu ganho mais dinheiro é nos espetáculos que faço, por isso faz parte do meu trabalho que gostem de mim, do meu stand-up e da minha comédia, para depois ter público. Antes de aceitar qualquer trabalho, preocupo-me com o tipo de impacto que terá na minha carreira e, por regra, só aceito se sentir que me vai beneficiar enquanto humorista. A exposição mediática só por si, e os efeitos secundários que daí resultam, nunca devem ser o objetivo final. Faço o exercício de me ver como público e pensar no que acho que ia ser bem-recebido pelos que me seguem.
Sim, tens respeito pelo teu público e conseguiste criar uma relação com os teus seguidores em que não és só uma figura pública de quem eles gostam. Geras empatia: noto que existe uma cumplicidade e ‘intimidade’ entre ti e os teus fãs porque, de facto, tens um approach diferente, que se pressente na tua maneira de falar com eles. Todos sentem que, de certa forma, te conhecem pessoalmente. Como é que conseguiste imaginar anúncios no watch.tm de maneira a garantir que este elo de ligação não se perde?
PTM: Acho que a maneira como negociámos com as marcas foi fundamental. O watch.tm está atualmente a colaborar com a Locky e a SportTV. Ambas alinharam na nossa maneira de trabalhar e perceberam que tínhamos de ter liberdade de gerir os anúncios de 30 segundos que temos, fazendo-o por episódio. Desta forma, consigo garantir que gravo os meus episódios como quero, sem restrições, e depois falo nas marcas de uma forma muito própria e transparente, num momento do podcast que é assumidamente comercial.
Eu gravo os meus episódios como quero, sem restrições, e depois falo nas marcas de uma forma muito própria.
Mas tiveste que arranjar uma maneira de o fazer? Ou seja, de convencer marcas a quererem trabalhar contigo nesse formato? Porque normalmente são as marcas que vêm ter contigo.
PTM: Sim, criámos um formato em que uma marca compra ‘pacotes’ de publicidade. Podem comprar 10 episódios, por exemplo. Depois estabelecemos com eles uma timeline, em que planeamos uma estratégia para conseguirmos delinear quais os episódios em que vão ser mencionados. Se têm uma campanha numa fase específica, tentamos calendarizar para que saia no momento ideal para a marca. Acaba por haver um planeamento sólido que passa por pensar em diferentes estratégias de product placement.
Mantendo, sempre, o teu público como foco principal.
PTM: Sempre. Mas é preciso alguma sensibilidade para escolher as marcas que podemos realmente ajudar. Se uma marca de carros tem como target CEOs de empresas e como objetivo vender mais carros, não acho que o watch.tm seja a melhor plataforma para o fazerem. Nem para eles, nem para mim. Tenho esse cuidado de pensar em primeiro lugar na minha audiência, e depois se conseguimos, ou não, ajudar as marcas a atingir os seus objetivos da melhor forma.
Tenho esse cuidado de pensar na minha audiência, principalmente no que sei que eles não querem ver.
Acabamos por voltar aqui à questão da proximidade que conseguiste manter com os que te seguem. Há mais de seis anos que falas sobre a tua vida com o teu público (no Ask.tm) e existe uma óbvia empatia entre vocês. É interessante notar que foi bem-recebido, pela tua audiência, a integração de publicidade/sponsors no watch.tm.
PTM: Sim. Acho que perceberam que o watch.tm implica um investimento financeiro muito maior do que o Ask.tm. O equipamento foi todo comprado por nós, temos um realizador que filma e edita os vídeos, e tivemos que alargar a equipa. Foi uma evolução grande, um upgrade. Com os gastos embutidos tínhamos de conseguir gerar capital. É um produto de outra escala que não se compara com o Ask.tm.
Mas a tua consistência é também de louvar. Estamos a falar de 6 anos, 300 semanas, consecutivas, em que não falhaste na publicação de um único episódio. Há muito rigor profissional, agregando-se a isto o facto de criares uma proximidade grande com a tua audiência. Como e quando surgiu a ideia de mudar de formato? Ou seja, passar de Ask.tm a watch.tm?
PTM: Houve vários fatores que me levaram a tomar essa decisão. Senti que estava a deixar de conseguir evoluir com o Ask.tm. Por mais ouvintes que o podcast tivesse, o formato áudio é um nicho. Também não gosto de ‘esticar’ projetos durante muito tempo. Acho importante mudar de formato, ou terminar projetos, antes que comecem a regredir. Fizemos o mesmo com outro projeto que tive, o Erro Crasso. A verdade é que o conceito e nome do watch.tm já existe há cinco anos.
Senti que estava a deixar de conseguir evoluir com o Ask.tm. A verdade é que o conceito e nome do watch.tm já existe há cinco anos.
PTM: Sempre quis passar para o formato vídeo. Retrospetivamente, acho que o meu podcast, Ask.tm, teria tido mais sucesso se tivesse sido logo em vídeo. Até na propagação do meu material. Apesar de só ter lançado o watch.tm há quatro semanas, já vi vários clips do podcast a terem uma tração digital que não teriam tido se não fosse nesse formato. Chegam a uma maior quantidade de pessoas também, até pessoas que não me seguem. O watch.tm continua a existir em formato áudio, nas plataformas habituais, para aqueles que preferem ouvir o podcast.
O watch.tm continua a existir em formato áudio, nas plataformas habituais, para aqueles que preferem ouvir o podcast.
Existe, também, a componente first mover advantage. Podcasts em vídeo, em Portugal, e à tua escala, é uma coisa ‘nova’ ou, pelo menos, ‘recente’.
PTM: Sim, e se olharmos para o palco internacional, vários são os comediantes que têm podcasts semanais com vídeo. Pensar num panorama, que não o português, é para mim um espaço de aprendizagem. Muitas vezes penso no que artistas lá fora fazem, e como o fazem, e capturo o que considero ser útil quando traço os meus próximos passos. Aqui o meu first mover advantage foi o de criar o watch.tm numa altura em que poucos o fizeram cá. Especialmente com podcasts independentes, como o meu, que não são ‘apoiados’ por uma estação de rádio.
Ou seja, o watch.tm é todo um projeto que foi bem pensado e há já algum tempo. Não foi um projeto que decidiste começar apenas porque tinhas acabado com o Ask.tm, como muitos pensam. Até porque não terias tempo de ‘construir’ um projeto novo em tão pouco tempo.
PTM: Exato. Eu anunciei o fim do Ask.tm dia 1 de Abril e anunciei o watch.tm a 19 do mesmo mês. Mas o projeto estava mais que pensado: desde o logotipo, o jingle, a localização, o cenário, o conceito, os sponsors… Comecei a trabalhar no watch.tm no fim do ano passado – totalmente em silêncio.
E a realidade é que grande parte da tua audiência ‘cresceu’ com o Ask.tm. Aliás, quando anunciaste o fim do Ask.tm houve quase que um ‘choque’ nas redes sociais. Noto, também, que pensas com antecedência e cuidado nos passos que queres dar. Gostas de o fazer? Isto é, de pensar a nível micro e macro? Porque o teu trabalho exige um planeamento, muito meticuloso, dos teus projetos.
PTM: O que mais gosto é de pensar em temas interessantes, em ângulos diferentes, em piadas… Mas também gosto bastante de estruturar e planear estrategicamente lançamentos de ‘acontecimentos’. Até na escolha dos convidados do watch.tm. Se sei que um convidado meu tem um evento importante num determinado dia, o episódio é publicado numa altura estratégica de maneira a contribuir para o sucesso deles. Com o meu stand-up o princípio mantém-se. Tenho de estruturar as minhas ideias e pensamentos criativos de forma a fazerem sentido e a fluírem.
Gosto de pensar em temas interessantes, em ângulos diferentes, em piadas… mas o que me dá mais gozo é estruturar e planear lançamentos e ‘acontecimentos’.
E como é que te preparas para os teus espetáculos?
PTM: É interessante porque eu agora tenho estado nestes últimos meses em várias atuações em bares, para um público de 50 a 60 pessoas, onde não anunciam a minha presença. São eventos já organizados, a que me junto, de forma a ‘testar’ algumas das minhas piadas antes de as implementar nos meus espetáculos. É todo um processo para garantir que são piadas bem-recebidas aquando das minhas atuações a solo. Um segundo de pausa entre piadas, ou frases, às vezes é essencial para garantir uma reação positiva do público.
Há pouco falaste nos artistas com que trabalhas na Bridgetown e na tua relação com eles. Qual é o teu papel lá?
PTM: Além de ser um artista assinado por eles, acabo por estar envolvido no processo criativo e de lançamento, por exemplo, de outros artistas como o Plutónio e o Richie Campbell. Não o faço numa vertente oficial, faço-o por gosto e por serem meus amigos. Existe uma proximidade entre nós que o permite. Às vezes oiço o que vão lançar e pensamos juntos em vários dos aspetos inerentes ao lançamento de material.
Tens também um lado mais de empreendedor, que muitos talvez desconheçam. Por exemplo, com o teu investimento recente na 88 Padel House, um novo clube de padel, no Porto.
PTM: Sim. Sempre gostei de padel e recentemente comecei a pensar no potencial da modalidade como um negócio. Deixou de ser um trend e é hoje um desporto sólido por si só. Estava a jogar com uns amigos do Porto e mencionei a ideia de investir num clube de padel. Para grande surpresa minha, disseram-me que estavam no processo de abrir um, e decidi entrar no negócio com uma percentagem. As primeiras reuniões que tivemos foram há um ano, onde falámos sobre estratégia financeira, o ponto breakeven, etc. Desde então que tivemos que encontrar um sítio, que arranjar licenças, etc. Estamos a falar de um espaço de três mil metros quadrados, com seis campos, três lounges, ginásio, espaço de fisioterapia, etc. Posso avançar que a partir de junho estará em funcionamento.
Em termos de projetos, depois do Bumerangue, tiveste o Ask.tm, o Erro Crasso, o Impasse, Conversas de Miguel, Caramel Macchiato, Masterclass, e agora o watch.tm. Dois dos quais são espetáculos solo. Tens outro espetáculo a solo já planeado, Pedro?
PTM: Sim, posso contar-te que sim. Este ano vai haver outro espetáculo a solo. Não quero ainda adiantar datas, mas confirmo.
Este ano vai haver outro espetáculo a solo.