Pouco mais de duas semanas depois de deixar a presidência da Farfetch, José Neves anuncia agora que irá assumir a direção executiva da fundação que criou em 2018.
Em comunicado a que a FORBES teve acesso, José Neves agradece o trabalho realizado pelo até agora presidente executivo, Carlos Oliveira, e anuncia que a Fundação vai continuar o seu trabalho.
Na nota enviada às redações o gestor assume que “os destinos e a gestão da Fundação José Neves (FJN) passam a ser diretamente assumidos por mim, e que esta vai continuar a contribuir para transformar Portugal numa sociedade do conhecimento e a desenvolver o potencial humano dos portugueses”. O fundador da Farfetch lembra ainda que “a Fundação José Neves é hoje uma realidade credível e que promove com eficiência a elevação do capital humano em Portugal. Obrigado, Carlos Oliveira.”
Por seu turno, Carlos Oliveira realça que “o objetivo da Fundação José Neves é muito claro desde o seu início: contribuir para transformar Portugal numa sociedade do conhecimento e desenvolver o potencial humano dos portugueses. Hoje, é com orgulho que vejo que a Fundação José Neves ganhou o seu lugar na sociedade e na vida dos portugueses, com uma visão diferenciada e pragmática. Uma fundação com valor acrescentado e impacto para o país”.
O presidente cessante da FJN relembra os vários projetos da Fundação ao longo destes últimos anos e remata que “concluído este ciclo, entendo que é tempo de partir para outros desafios e abrir a porta a novos projetos, na certeza de que a Fundação José Neves está pronta para continuar a executar os objetivos definidos por José Neves, a sua missão e propósito”.
Recorde-se que a Farfetch, plataforma de roupas de luxo e um dos primeiros unicórnios portugueses, está a passar por uma profunda reorganização depois da demissão de José Neves do cargo de CEO e da venda da totalidade do capital à sul-coreana Coupang, num negócio avaliado em 500 milhões de dólares. A reestruturação que está no terreno prevê o despedimento de entre 20 e 30% dos colaboradores, sendo que poderá afetar até mil pessoas em Portugal.