Um grupo de estudantes da Universidade de Harvard processou a escola por não ter punido o antissemitismo no campus, segundo documentos judiciais, permitindo o florescimento de um “ódio e assédio antijudaico desenfreado”.
A ação judicial, apresentada esta semana no tribunal federal de Boston, acusa os administradores de Harvard de não aplicarem políticas que protejam os estudantes judeus do antissemitismo.
O processo, apresentado pelo estudante Alexander Kestenbaum e pelo grupo Students Against Antisemitism, afirma que a escola se tornou “um bastião de ódio e assédio antijudaico desenfreado” e descreve o antissemitismo como “particularmente grave e generalizado”.
A queixa pede a um juiz que ordene à universidade que demita os administradores e os professores responsáveis pela discriminação antissemita, “porque se envolvem nela ou a permitem”, que discipline os estudantes que participam nesse comportamento e pede uma indemnização financeira.
A queixa também pede à universidade que recuse e devolva os donativos que foram feitos na condição de contratar ou promover professores “que defendam o antissemitismo” ou que incluam cursos sobre antissemitismo nos seus currículos.
Os queixosos, que apresentaram queixa ao abrigo do Título VI da Lei dos Direitos Civis de 1964, alegam que centenas de estudantes e professores pró-Hamas marcharam pelo campus “gritando slogans antissemitas desprezíveis e apelando à morte dos judeus e de Israel”, e acusam também os professores de Harvard de promoverem o antissemitismo nos seus cursos, dizendo que ” dispensaram e intimidaram” os estudantes que se opuseram.
A ação judicial alega que a universidade não fez nada para “travar e dissuadir” esta conduta e “penalizar os estudantes e professores que a praticam”.
(Com Forbes Internacional/Ana Faguy)