(artigo promocional)
Inteligência artificial, robôs e automação já não são apenas conceitos e materiais para filmes de ficção científica. Faz parte da realidade de hoje e não faltam evidências sobre o seu papel no futuro, particularmente na mudança que implicarão no mundo do trabalho. Aliás, em todo o mundo, tanto líderes do governo, como da indústria, debatem sobre o futuro do trabalho e as novas profissões, tendo em conta as mudanças que se farão (e que já se fazem) sentir, como resultado da evolução tecnológica e consequente capacidade de automação. Mesmo assim, a nossa capacidade de resposta continua insuficiente, particularmente na actualização do sistema de ensino na preparação dos jovens para o mundo de amanhã.
A McKinsey Global Institute analisou 750 das profissões actuais (em diversos sectores, níveis de qualificação e condições salariais) e concluiu que 51% das mesmas são profundamente susceptíveis à automação, mesmo apenas com a tecnologia que já existe actualmente. Esta afirmação obriga obviamente a uma reflexão profunda sobre a redefinição da maioria das profissões e das respectivas competências exigidas. No entanto, esta informação deve ser tida em conta sem alarmismos, já que a automação e consequente desaparecimento de algumas profissões, será também acompanhada pelo aparecimento de novas actividades que ainda não existem actualmente.
A questão que se coloca é a seguinte: o que temos feito para preparar as novas gerações para prosperar neste novo mundo?
Ora, um jovem que inicie a escola primária hoje terminará o seu ensino superior em meados da década de 2030, e terá provavelmente uma carreira para além de 2060. Embora não seja possível prever exactamente as necessidades da nossa força laboral nesse futuro, já sabemos que serão diferentes do que conhecemos hoje e que continuarão em mudança com os avanços tecnológicos cada vez mais acelerados.
Todavia, na generalidade das escolas em 2019, os programas curriculares ministrados continuam focados nos mesmos assuntos que se ensinava em 1990. Existem obviamente actualizações e vontade de mudar; os debates sobre o futuro do sistema de ensino é constante, mas o foco tem sido apenas na forma como se ensina e, especificamente, na forma como o ensino pode envolver a tecnologia na sala de aula. Pouco se tem debatido sobre os assuntos que são leccionados e, ainda menos, sobre a sua aplicabilidade ao mercado de trabalho do futuro. Sejamos realistas: a caligrafia é cada vez mais obsoleta, a aritmética complexa já não precisa de ser feita manualmente e a Internet substituiu a necessidade de memorizar muitos factos básicos.
As competências digitais, a capacidade de resolução de problemas, o pensamento criativo e o trabalho colaborativo são cada vez mais necessários, mas não fazem parte do foco do sistema de ensino. Mesmo quando as escolas ministram disciplinas e matérias relacionadas com as competências digitais, elas concentram-se na utilização da tecnologia – como criar um documento ou uma apresentação – em vez de como pensar tecnologicamente ou criar tecnologia.
Estamos, pois, perante o desafio de redefinir a forma como preparamos os jovens para acompanhar a evolução das competências necessárias para o novo mercado de trabalho e devemos assumir com transparência que não estamos a preparar a próxima geração para o futuro. A tecnologia já não pode ser algo reservado para apenas uma unidade curricular ou pequenos núcleos escolares. A tecnologia é a nova literacia do futuro e a tecnologia não é só programação. É uma ciência, é uma forma de estar, é um instrumento, mas também é uma nova forma de pensar e agir. Aprender tecnologia é desenvolver o pensamento digital, é aprender a desenhar interfaces, é analisar dados, é machine learning, é robótica, é cibersegurança, é também programação, entre muitas outros domínios e aplicações.
Mas preparar os jovens para o futuro, para além da tecnologia, é também estimular a curiosidade, a capacidade de resolução de problemas, a criatividade, a aprender a aprender, e muito mais. Pois, além do seu carácter tecnológico, apenas temos outra certeza sobre o futuro: que será incerto, mas claramente diferente do que conhecemos hoje, e os profissionais do futuro terão de se adaptar a novos paradigmas de forma muito mais rápida e eficaz do que nos é exigido hoje em dia.
É neste enquadramento que nasce a Assembly, com o propósito de colmatar as lacunas do sistema de ensino actual na preparação dos jovens para o futuro. Não temos a pretensão de substituir a escola ou o ensino obrigatório, mas queremos contribuir para o desenvolvimento das competências que farão falta aos futuros agentes de mudança, em regime de actividade extracurricular para jovens dos 10 aos 17 anos. Não ensinamos tecnologia, pois o nosso foco é na aprendizagem e não no ensino. Trabalhamos para que os nossos alunos sejam tecnológicos, se mantenham curiosos e que explorem a tecnologia nas suas mais variadas vertentes: no fazer, no pensar e no sentir. Juntamente com a tecnologia, trabalhamos as suas competências comportamentais, para que não sejam apenas definidos pelo que sabem; mas, acima de tudo, por aquilo que são: futuros líderes de mudança positiva.
Para o efeito, desenvolvemos de raiz uma metodologia de aprendizagem que privilegia a descoberta, a adaptação à mudança, ao pensamento criativo e à experimentação, tendo por base a tecnologia como facilitador do processo.
Na Assembly irão desenvolver trimestralmente projectos (de robótica, de desenvolvimento de aplicações ou jogos, de design de interfaces ou análise de dados, de animação ou criação de conteúdos transmedia, entre outros) seleccionados pelo próprio aluno, com base nos seus pontos-fortes, áreas de interesse, ritmo e necessidades. Serão desafiados a falhar, a voltar a tentar e a explorar novos ângulos e abordagens para superar obstáculos. E, tudo isto, de forma manifestamente interessada, porque dispomos de um sistema de gamificação que privilegia o esforço e o sucesso, em detrimento do receio e da frustração do insucesso. Ganham novos títulos e certificações, e recebem pontos que podem ser utilizados em inúmeras experiências recreativas de natureza tecnológica, como a imersão em universos de realidade virtual, jogos e competições de eSports.
O primeiro centro da Assembly, situado em Alvalade – Lisboa, está a receber candidaturas para o ano lectivo de 2019/20. Os cursos destinam-se a jovens dos 10 aos 17 anos e têm uma carga horária semanal de 3 horas (2h de aprendizagem activa e 1h de experiência recreativa), pelo valor de 101€/mês. Saiba mais em www.assembly.pt.