A Escolha do Consumidor, que avalia o grau de satisfação das marcas, procurou perceber de que modo é que a inflação está a alterar os hábitos de consumo alimentares dos consumidores portugueses.
O inquérito realizado, que abrangeu 69% de cidadãos localizados na zona da Grande Lisboa, 25% na zona do Grande Porto e a restante percentagem distribuída por vários outros pontos do país, indica que nestes últimos seis meses todos os participantes no estudo sentiram um aumento nos seus gastos alimentares.
Devido ao aumento generalizado dos preços, 61% dos consumidores assume que teve de alterar a sua lista de compras.
No que diz respeito ao tipo de alimentos que compram, 58% – mais de metade da população que integrou o estudo – alterou, nos últimos 6 meses, a sua alimentação sob consequência da inflação.
“Dadas as circunstâncias atuais, os consumidores sentem que é mais económico e saudável produzir alguns produtos caseiros”, refere a Escolha do Consumidor.
Este facto confirma-se através da revelação de 34% dos inquiridos que tomou a iniciativa de produzir alimentos em casa. Isto porque, 86% dos consumidores considera que tem cada vez mais cuidado com a sua alimentação, seja por estar atento à sua saúde (53%); porque se sente melhor, comendo melhor (25%); porque quer dar o exemplo aos seus filhos (12%); porque precisa de emagrecer (7%) ou porque sente um enorme bem-estar por ter uma alimentação mais saudável (3%).
Comer num restaurante ou comprar comida take-away é uma outra opção adotada por 35% dos inquiridos que revela fazê-lo uma vez por semana, enquanto 14% o faz duas vezes por semana, de 15 em 15 dias (19%) e uma vez por mês (24%).
Depois há quem mencione que nunca come fora nem compra take-away (5%), ou o oposto, come diariamente num restaurante ou compra comida fora (4%).
No entanto, nos últimos seis meses este panorama também mudou com os custos mais elevados: 58% afirma que come fora ou compra comida take-away menos vezes que o habitual, afirma a Escolha do Consumidor.